terça-feira, 26 de agosto de 2014

Raio-X: Juan x Lucio.


               O Raio-X está de volta e este mês falaremos de dois zagueiros consagrados e de seleção Brasileira. Os escolhidos da vez são Juan do Internacional e Lúcio do Palmeiras.
                Juan Silveira dos Santos tem 35 anos e nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 1 de fevereiro de 1979. O zagueiro foi formado nas categorias de base do Flamengo e subiu ao time principal em 1996, se tornando logo o titular da posição. Com o rubro-negro conquistou quatro Campeonatos Cariocas, uma Copa Mercosul e uma Copa dos Campeões. Em 2002 foi vendido para o Bayer Leverkusen da Alemanha por quase 3,5 milhões de euros.
                No Leverkusen, jogou por cinco anos, sendo destaque e abrindo as portas para atuar pela Seleção Brasileira. No meio de 2007 foi vendido para a Roma, por 6,5 milhões de euros, no qual conquistou uma Copa da Itália e uma Supercopa Italiana e sendo por duas vezes vice da Série A Tim. Em julho de 2012 foi liberado pela Roma e acertou sua transferência para o Internacional, aonde vem jogando até hoje.
                Em seu primeiro ano jogou apenas 6 jogos pelo Inter, mas em 2013 com o técnico Dunga, ganhou a confiança necessária e se firmou como titular da equipe, atuando em quase todos os jogos do Campeonato Brasileiro. Este ano, mais uma vez é titular e tem sido bastante importante para o rendimento da equipe. Pela Seleção Brasileira, foi titular nas Copas de 2006 e 2010 e vencedor da Copa das Confederações em 2005 e 2009 e das Copas Américas de 2004 e 2007.
                Lucimar da Silva Ferreira nasceu em Planaltina no Distrito Federal no dia 8 de maio de 1978 e tem hoje 36 anos. A sua carreira começou de forma bastante curiosa. Atuando pelo Guará em uma partida da Copa do Brasil de 1997, Lúcio jogou contra o Internacional. O seu time sofreu uma derrota pesada por 7 a 0, mas mesmo assim, os olheiros do Inter viram potencial e o Colorado pagou cerca de R$300 mil pelo jogador.
                O jogador chegou ao Internacional com 18 anos (quase 19) e ficou durante três anos no clube gaúcho. Foi vendido ao Bayer Leverkusen e sendo um dos principais destaques da equipe que seria vice-campeã da Liga dos Campeões, perdendo a final para o Real Madrid. Naquela final inclusive, Lúcio fez um gol. Pelo Leverkusen, ainda naquela temporada, foi eleito o melhor jogador do campeonato Alemão, lhe rendendo uma transferência para o Bayern de Munique, aonde seria tricampeão Alemão.
                Durante a Copa das Confederações de 2009, o zagueiro recebeu a noticia que não permaneceria na equipe devido a uma renovação. isto causou bastante polemica entre os torcedores que desejavam a sua permanência e principalmente entre a mídia. Indo jogar na Internazionale, Lúcio mostrou que ainda poderia render e fez o Bayern “se arrepender”, vencendo um Campeonato Italiano e a Liga dos Campeões, em cima do seu ex-clube.

Foi então que a sua carreira começou a despencar e o zagueiro pediu para sair da Inter, buscando novos ares. Acertando sua transferência pra Juventus, teve poucas oportunidades e as poucas que teve não soube aproveitar. Jogou apenas 6 partidas e rescindiu seu contrato acertando sua volta ao Brasil. No São Paulo, Lúcio foi contratado para ser um xerife, mas o que causou foi ao contrário. Não correspondendo dentro de campo e tendo problemas disciplinares, o zagueiro foi afastado e por fim, rescindiu seu contrato e indo jogar no Palmeiras. No Palmeiras seu salário é metade do que recebia no são Paulo e aparentemente voltou a ter um rendimento um pouco melhor. Apesar da crise que se encontra o time, Lúcio tem sido o zagueiro mais lucido e criando menos problemas fora de campo. Com a Seleção Brasileira foi Campeão da Copa do Mundo de 2002 e Campeão da Copa das Confederações de 2005 e 2009.
Os jogadores defenderam o Bayer Leverkusen juntos durante um curto período e também formaram dupla de zaga na Seleção Brasileira, disputando juntos algumas competições oficiais, incluindo duas Copas do Mundo. Ao longo da carreira é notório dizer que Lúcio almejou voos maiores, se destacando por sua raça e investidas ao ataque, marcando 50 gols em sua carreira. O zagueiro também é o terceiro jogador que mais vestiu a camisa da seleção Brasileira, empatado com Taffarel, com 101 presenças.
Entretanto, como dizem, quanto maior for maior a queda. É impressionante a queda de rendimento que o zagueiro teve, diferente de Juan, que parece ainda manter bastante qualidade. O defensor hoje no Internacional sempre foi mais técnico que Lúcio e talvez isso tenha pesado para hoje render mais, mesmo já não estando em grandes condições físicas. Apesar de achar que o momento de Juan é melhor que o de Lúcio, as condições dos times podem ajudar, já que o Inter briga na parte de cima da tabela e o Palmeiras em baixo.
Os números favorecem Lucio, que tem mais roubadas de bola neste campeonato e menos faltas, porém possui mais cartões amarelos, 6 contra 4 de Juan. A diferença é pequena e pode ser levado em consideração que o Palmeiras sofra mais situações de risco que o Inter e uma falta mais pesada ou para “matar” um ataque seja mais necessária. Em compensação, Lucio erra muito mais passes, mostrando a diferença técnica citada anteriormente.
Apesar dos recentes problemas de Lucio, não tem como apagar a carreira que já teve e por isso o Raio-X o considera melhor, mas hoje Juan seria uma contratação mais adequada e vive um melhor momento.

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