O Raio-X está de volta e este mês falaremos de dois
zagueiros consagrados e de seleção Brasileira. Os escolhidos da vez são Juan do
Internacional e Lúcio do Palmeiras.
Juan
Silveira dos Santos tem 35 anos e nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 1 de
fevereiro de 1979. O zagueiro foi formado nas categorias de base do Flamengo e
subiu ao time principal em 1996, se tornando logo o titular da posição. Com o
rubro-negro conquistou quatro Campeonatos Cariocas, uma Copa Mercosul e uma
Copa dos Campeões. Em 2002 foi vendido para o Bayer Leverkusen da Alemanha por
quase 3,5 milhões de euros.
No
Leverkusen, jogou por cinco anos, sendo destaque e abrindo as portas para atuar
pela Seleção Brasileira. No meio de 2007 foi vendido para a Roma, por 6,5
milhões de euros, no qual conquistou uma Copa da Itália e uma Supercopa
Italiana e sendo por duas vezes vice da Série A Tim. Em julho de 2012 foi
liberado pela Roma e acertou sua transferência para o Internacional, aonde vem
jogando até hoje.
Em seu
primeiro ano jogou apenas 6 jogos pelo Inter, mas em 2013 com o técnico Dunga,
ganhou a confiança necessária e se firmou como titular da equipe, atuando em
quase todos os jogos do Campeonato Brasileiro. Este ano, mais uma vez é titular
e tem sido bastante importante para o rendimento da equipe. Pela Seleção
Brasileira, foi titular nas Copas de 2006 e 2010 e vencedor da Copa das
Confederações em 2005 e 2009 e das Copas Américas de 2004 e 2007.
Lucimar
da Silva Ferreira nasceu em Planaltina no Distrito Federal no dia 8 de maio de
1978 e tem hoje 36 anos. A sua carreira começou de forma bastante curiosa.
Atuando pelo Guará em uma partida da Copa do Brasil de 1997, Lúcio jogou contra
o Internacional. O seu time sofreu uma derrota pesada por 7 a 0, mas mesmo
assim, os olheiros do Inter viram potencial e o Colorado pagou cerca de R$300
mil pelo jogador.
O
jogador chegou ao Internacional com 18 anos (quase 19) e ficou durante três
anos no clube gaúcho. Foi vendido ao Bayer Leverkusen e sendo um dos principais
destaques da equipe que seria vice-campeã da Liga dos Campeões, perdendo a
final para o Real Madrid. Naquela final inclusive, Lúcio fez um gol. Pelo
Leverkusen, ainda naquela temporada, foi eleito o melhor jogador do campeonato
Alemão, lhe rendendo uma transferência para o Bayern de Munique, aonde seria
tricampeão Alemão.
Durante
a Copa das Confederações de 2009, o zagueiro recebeu a noticia que não
permaneceria na equipe devido a uma renovação. isto causou bastante polemica
entre os torcedores que desejavam a sua permanência e principalmente entre a
mídia. Indo jogar na Internazionale, Lúcio mostrou que ainda poderia render e
fez o Bayern “se arrepender”, vencendo um Campeonato Italiano e a Liga dos
Campeões, em cima do seu ex-clube.
Foi então que a sua carreira
começou a despencar e o zagueiro pediu para sair da Inter, buscando novos ares.
Acertando sua transferência pra Juventus, teve poucas oportunidades e as poucas
que teve não soube aproveitar. Jogou apenas 6 partidas e rescindiu seu contrato
acertando sua volta ao Brasil. No São Paulo, Lúcio foi contratado para ser um
xerife, mas o que causou foi ao contrário. Não correspondendo dentro de campo e
tendo problemas disciplinares, o zagueiro foi afastado e por fim, rescindiu seu
contrato e indo jogar no Palmeiras. No Palmeiras seu salário é metade do que
recebia no são Paulo e aparentemente voltou a ter um rendimento um pouco
melhor. Apesar da crise que se encontra o time, Lúcio tem sido o zagueiro mais
lucido e criando menos problemas fora de campo. Com a Seleção Brasileira foi
Campeão da Copa do Mundo de 2002 e Campeão da Copa das Confederações de 2005 e
2009.
Os jogadores defenderam o Bayer
Leverkusen juntos durante um curto período e também formaram dupla de zaga na
Seleção Brasileira, disputando juntos algumas competições oficiais, incluindo
duas Copas do Mundo. Ao longo da carreira é notório dizer que Lúcio almejou voos
maiores, se destacando por sua raça e investidas ao ataque, marcando 50 gols em
sua carreira. O zagueiro também é o terceiro jogador que mais vestiu a camisa
da seleção Brasileira, empatado com Taffarel, com 101 presenças.
Entretanto, como dizem, quanto
maior for maior a queda. É impressionante a queda de rendimento que o zagueiro
teve, diferente de Juan, que parece ainda manter bastante qualidade. O defensor
hoje no Internacional sempre foi mais técnico que Lúcio e talvez isso tenha
pesado para hoje render mais, mesmo já não estando em grandes condições
físicas. Apesar de achar que o momento de Juan é melhor que o de Lúcio, as
condições dos times podem ajudar, já que o Inter briga na parte de cima da
tabela e o Palmeiras em baixo.
Os números favorecem Lucio, que
tem mais roubadas de bola neste campeonato e menos faltas, porém possui mais
cartões amarelos, 6 contra 4 de Juan. A diferença é pequena e pode ser levado
em consideração que o Palmeiras sofra mais situações de risco que o Inter e uma
falta mais pesada ou para “matar” um ataque seja mais necessária. Em compensação,
Lucio erra muito mais passes, mostrando a diferença técnica citada
anteriormente.
Apesar dos recentes problemas de
Lucio, não tem como apagar a carreira que já teve e por isso o Raio-X o
considera melhor, mas hoje Juan seria uma contratação mais adequada e vive um
melhor momento.
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