segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Mercado da Bola 2015 - Dicas: Laterais.

                
               Na nova coluna do “Mercado da Bola 2015” traremos as dicas de uma posição bastante carente no futebol brasileiro, as laterais. Nesse novo processo de reformulação da seleção Brasileira, vemos muitos jovens que inclusive nem como laterais começaram a carreira.
                Vale ressaltar também que poucos clubes têm laterais que realmente convencem aqui no Brasil. O líder Cruzeiro, por exemplo, tem dois bons laterais direitos, mas Egídio do lado esquerdo está longe de convencer. O paraguaio Samudio que foi contratado este ano passou mais tempo no departamento médico do que a disposição do técnico Marcelo de Oliveira e ainda briga por espaço na equipe. O São Paulo segundo colocado, também joga com um volante improvisado na lateral direita.
Confira as dicas abaixo:

Mariano (Bordeaux): O lateral direito que aqui no Brasil fez muito sucesso com a camisa do Fluminense está indo para a sua quarta temporada na França. Com 28 anos, o atleta pode ser uma ótima opção, mas não deve ser fácil e barata. Na temporada passada ele atuou as 38 rodadas do Campeonato Francês, mas nesta tem ficado algumas partidas no banco. O Bordeaux está bem posicionado na tabela e isso pode pesar também para a contratação do jogador, mas com a renovação da seleção o próprio atleta poderia olhar com bons olhos uma volta ao Brasil.

Fábio (Cardiff City): O jovem lateral que jogava no Manchester United junto com seu irmão gêmeo, mas que não conseguiu vingar na equipe. Fábio apesar de ser destro, costuma atuar pelo lado esquerdo e foi comprado recentemente pelo Cardiff, clube que foi rebaixado temporada passada para a segunda divisão do Campeonato Inglês. Mais uma vez, não é uma contratação fácil, mas é possível, nem que fosse por empréstimo. Apesar de ser uma competição de alto valor técnico, em termos de seleção, o Campeonato Brasileiro ainda tem mais visibilidade que a segunda divisão inglesa.

Patric (Sport): Um lateral que têm chamado à atenção neste Brasileirão é Patric do Sport. O atleta de 25 anos tem sido grande opção ofensiva da equipe pernambucana e inclusive conseguiu fazer um hat-trick contra o Santos. Na competição foram ao todo cinco gols (o artilheiro da posição) e duas assistências. Sua média de finalizações é muito alta e suas roubadas de bola baixa, reforçando as suas características ofensivas. Seria uma aposta interessantes para alguns clubes como Grêmio e Palmeiras.

Mercado (River Plate): O mercado sul-americano também nos traz boas opções para as laterais e
uma delas é Gabriel Mercado do River Plate. O argentino de 27 anos tem sido um dos destaques dos Millonarios nas ultimas temporadas em que tem marcado a ascensão do River no futebol depois d éter sido rebaixado. Lateral direito marcou apenas um gol nesta temporada. Não deve ser um jogador tão caro e pelo momento delicado financeiramente que vive o futebol argentino em comparação ao brasileiro poderá facilitar.


                Ainda existem outras opções para as laterais, como os dois jovens laterais esquerdos Pará (Bahia) e Natanael (Atlético PR), o lateral direito Fabiano (Chapecoense) que chegou a ser especulado no Corinthians. Ainda existem também alguns “encostados” como Clemente Rodriguez e Luís Ricardo do São Paulo.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

História dos Clássicos - Derby della Madonnina

               O Derby della Madonnina é o clássico italiano entre os dois principais clubes da cidade de Milão, no norte da Itália, entre Milan e Internazionale. O nome dado ao clássico é referente a uma estátua de Nossa Senhora localizada em cima da Catedral Duomo, ponto histórico de Milão.
                O inicio do clássico começa com a história dos clubes. O Milan foi fundado em 16 de dezembro de 1899 por homens de negócios ingleses e suíços. Devido a hegemonia politica dentro do clube, uma série de insatisfações dentro do clube foram geradas e dissidentes italianos fundaram a Internazionale, nascendo uma das principais rivalidades do mundo. A briga começou pelo fato de jogadores estrangeiros serem preteridos na equipe, sempre privilegiando italianos, por isso inclusive o nome Internazionale (em apologia de time para todos).

Dados gerais:

Total de jogos: 214.
Total de gols: 578.
Vitórias do Milan: 75.
Gols do Milan: 287.
Vitórias da Inter: 77.
Gols da Inter: 291.
Empates: 62.
Maior goleador: Andriy Shevchenko (Milan) – 14 gols.

Meazza:

                Não tem como falar da história deste clássico sem falar de Giuseppe Meazza. Nascido em Milão, em 23 de agosto de 1910 e falecido em Rapallo no dia 21 de agosto de 1979, foi um dos maiores jogadores italianos de toda a história e fez muito sucesso com a camisa da Internazionale. Ele teve passagens por Milan e pela Juventus também, mas mesmo assim, sua imagem é muito ligada a Inter.
                Começou sua carreira com 17 anos na própria Internazionale e logo se firmou como titular. Era um grande centroavante que costumava provocar muito os goleiros adversários quando ficava no “um a um”, chamando-os para o drible e batendo em sua saída. Atuou pela equipe nerazurra até 1940, ganhando três títulos italianos (os três primeiros da história da Inter).
                Meazza também foi um grande jogador pela seleção italiana, vencendo as Copas do Mundo de 1934 e 1938. Marcou pela seleção 33 gols em 53 jogos e pela Internazionale 284 gols em 408 jogos (somando também a sua segunda passagem antes de se aposentar). O craque também tem seu nome eternizado no Estádio de Milão, aonde Internazionale e Milan mandam seus jogos (apesar de quando os Rossoneros jogam o Estádio é “apelidado” de San Siro).

Maior goleada:

                A maior goleada registrada do confronto tem menos de 15 anos. Foi na temporada 2000/2001 válida pelo Campeonato Italiano e tendo como destaque um brasileiro. O elástico placar de 6 a 0 para o Milan mostrou a superioridade naquela partida. Jogo era válido pela 30ª rodada do Calcio e foi realizado com mando da Internazionale. O Milan tinha um grande time, com Maldini e Costacurta no setor defensivo, além de Federico Giunti na armação e Shevchenko como grande matador.
                Apesar de ter grandes jogadores, talvez um menos popular hoje em dia para muitos brasileiros, mas que na época fez história com a camisa dos Rossoneros, brilhou e decidiu o jogo. O brasileiro Serginho, que jogou por São Paulo e Cruzeiro aqui no Brasil fez 3 assistências na partida e ainda fechou o placar da goleada.

FICHA TÉCNICA:
Data: 11/05/2001.
Internazionale 0 x 6 Milan.
Local: Giuseppe Meazza.
Gols: Comandini (3’, 19’), Giunti (53’), Shevchenko (66’, 77’) e Serginho (81’).

Internazionale: Frey, Ferrari, Blanc, Simic, Zanetti, Farinós (Cauet), Di Biagio (Seedorf), Dalmat, Gresko, Vieri e Recoba. Téc: Marco Tardelli.

Milan: Rossi, Helveg, Costacurta, Roque Júnior, Maldini, Gattuso, Giunti (Guglielminpietro), Kaladze, Serginho, Comandini (José Mari), Schevchenko (Leonardo). Téc: Cesare Maldini.

Anos dourados:

                A década de 60 foi gloriosa para o clássico de Milão, com Sandro Mazzola na Internazionale e Gianni Rivera no Milan, os torcedores puderam assistir diversos jogos emocionantes e de alta qualidade. A rivalidade chegou a ultrapassar a barreira clubista e chegou até a seleção, aonde raramente os dois jogavam juntos, sempre um substituindo o outro.
                Na Copa do Mundo ficava um pouco evidente. Mazzola era o titular em todos os jogos e Rivera só atuou na segunda etapa do terceiro jogo da fase de grupos. Nas quartas e semifinais Rivera entrou no lugar de Mazzola no intervalo e na polemica final, o atleta do Milan entrou no jogo somente no final, quando tudo já estava perdido e a Azzurra perdia por 4 a 1. Coincidência ou não, na Copa de 74, eles jogaram juntos em duas partidas da primeira fase e a Itália não conseguiu avançar para o mata-mata.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Mercado da Bola 2015 - Dicas: Goleiros.

                Estamos próximo do fim do ano e em um piscar de olhos a janela de Janeiro será aberta
para que os clubes comecem a contratar, mas para alguns, o planejamento adiantado pode fazer toda a diferença para começar a próxima temporada de maneira eficiente. Mais uma vez começaremos pelos goleiros, afinal, a sua posição é primordial para qualquer equipe e não atoa que a maioria possuí em suas costas o Número 1.

Jefferson (Botafogo): O principal nome para a próxima temporada é do atual titular da seleção brasileira e que hoje defende as cores do Botafogo. Com a situação complicada da equipe tanto no Brasileirão quanto fora das quatro linhas, afasta cada vez mais a permanência do arqueiro para a próxima temporada. Na verdade, por alguns rumores, apenas o fato de ser um ídolo para a torcida o manteve no clube até então, pois se ventilou que seu nome estaria na lista do dispensados recentemente, fazendo companhia para Sheik, Edílson, Bolívar e Júlio César. Em termos salariais, com toda certeza seria algo a se ponderar, mas ele vem fazendo jus e se valorizando bastante com grandes defesas e comando.

Diego Cavalieri (Fluminense): Outro grande nome que poderá estar disponível no mercado. Atualmente no Fluminense, já serviu a seleção e teve bons momentos defendendo o gol do Tricolor Carioca, mas sua renovação nas Laranjeiras está emperrada. O Fluminense se assustou com a pedida salarial do jogador e tudo dependerá da classificação ou não da equipe para a Libertadores do ano que vem. Seria uma boa aposta para clubes que precisam de goleiros de ponta, como o São Paulo que deverá ver seu maior ídolo se aposentando ou até mesmo o Inter que vem apostando no jovem Alisson de 22 anos.

Tiago Volpi (Figueirense): A revelação do campeonato na posição (isso se não podemos destacar entre todas), o jovem goleiro de apenas 23 anos tem feito partidas magnificas e chamado a atenção de muita gente. Inclusive, é considerado o goleiro que mais fez defesas difíceis no Brasileirão, com 57 ao todo. O seu nome chegou a ser especulado no São Paulo para disputar a posição de titular com Denis (que não agrada a todos). Ele é apenas uma aposta, mas entre todas as jovens revelações para a posição, hoje valeria a pena investir no garoto. O Figueirense também não deve pedir um alto valor pelo jogador.


Weverton (Atlético PR): Desde o ano passado o goleiro do Atlético Paranaense vem se destacando por suas defesas e este ano não tem sido diferente. Apesar da campanha bem mais modesta do Furacão nesta edição do Brasileiro, o goleiro ainda é um dos que chamam a atenção no time e pode ser alvo de um outro clube. O atleta foi formado no Corinthians, participando na campanha do clube na Série B, além de também participar da campanha da Lusa que lhe rendeu o apelido de Barcelusa. Com 25 anos seria uma boa opção para o Fluminense que talvez não conte com Cavalieri na próxima temporada.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O que ainda esperar...? (Parte 1)

Criciúma:            

Na parte de baixo da tabela, as coisas estão complicadas para o Criciúma que caminha a passos largos para ser rebaixado. Estranhamente, o clube deu trabalho para os dois primeiros colocados no Campeonato, em ambos os turnos, mas nos outros jogos acabou cedendo mais do que deveria. Com 30 pontos e apenas 7 vitórias, o Tigre completou o quinto jogo seguido com derrotas e está a 6 pontos do primeiro clube fora da zona do rebaixamento, a Chapecoense.
                Das últimas 5 rodadas restantes, o Tigre enfrentará dois clubes que brigam pela parte superior da tabela (Grêmio e Corinthians), apenas um concorrente direto (Bahia) e dois sem pretensões no Campeonato (Sport e Flamengo). Destes jogos três são em casa, o que acaba sendo uma vantagem, já que não venceu sequer um jogo fora de seu estádio. Tendo que tirar 6 pontos de diferença e ainda um saldo de -16 (tendo em vista que se igualarem em pontuação é provável que fiquem com o mesmo número de vitórias), considero o Criciúma virtualmente rebaixado.

Bahia:

                O Bahia é outro que tem se complicado bastante neste Brasileiro e junto com o Criciúma. Com apenas 2 pontos nos últimos 8 jogos, o Tricolor de Aço está em uma queda livre e não consegue mais parar. São 31 pontos, cinco atrás da Chapecoense e com quatro jogos complicados para se vencer.
                Enfrenta em casa Corinthians e Grêmio que brigam por vaga na Libertadores. Destes jogos, os baianos podem apostar na sina Corintiana de Robin Hood, aonde vence os clubes da parte de cima da tabela e perdem para os da parte inferior. Outro jogo em casa será contra o Atlético PR, que não tem mais pretensões no Brasileiro. O problema estará nos dois jogos fora de casa, que são contra clubes diretamente envolvidos com a luta da degola. Criciúma e Coritiba. Infelizmente, o Bahia é outro que está fadado a queda.

Botafogo:

                Ao meu ver, o clube carioca é o que enfrenta a situação mais complicada desde o começo do torneio e graças a vontade de seus jogadores (limitados, mas guerreiros) vem se aguentando firme na tentativa de escapar. Com 33 pontos o Fogão terá que encarar um clássico na próxima rodada (Fluminense) e depois encarar o Figueirense e Chapecoense na sequencia, concorrentes diretos e que nada além da vitória interessa.
                Nas duas ultimas rodadas, o alvinegro encara o Santos, carrasco na Copa do Brasil e que não teve dó em atropelar e o Atlético Mineiro, que poderá estar de ressaca após a conquista da Copa do Brasil ou que terá que vencer a todo custa para se consolidar na Libertadores. O grande problema é que o time está no limite, com salários atrasados, muitos jogadores machucados, talvez o melhor seja até cair e se reestruturar em uma divisão mais fácil.

Vitória:

                O primeiro na zona de rebaixamento, o Vitória é um dos clubes que mais oscila da parte de baixo da tabela. Nos últimos jogos, o clube teve uma sequencia bastante ingrata, enfrentando Corinthians, Cruzeiro, Grêmio e São Paulo e agora terá uma sequencia definitiva para definir o seu futuro, enfrentando Chapecoense, Coritiba e Figueirense. Vencendo, é bem provável que encaminhe a sua permanência na série A, porém perdendo estará virtualmente rebaixado (no mínimo). Vale ressaltar que essa sequencia no primeiro turno foi terrível para o Rubro-Negro baiano, fazendo apenas 1 ponto de 9 disputados, em um empate em casa contra a Chapecoense.
                As duas ultimas rodadas contra Flamengo e Santos podem ser apenas para cumprir tabela, ou a cartada final para escapar da degola e por “sorte” serão dois clubes que estarão em ritmo de férias e um deles (Santos) com baixo aproveitamento fora de casa.

Chapecoense:

                A novata na Série A, Chapecoense, busca com todas suas forças a sua permanência. Dentro de casa, o retrospecto é muito bom (para um clube que luta contra o rebaixamento). Foram até o momento 7 vitórias, 6 empates e apenas 3 derrotas. Com isso, a Chapecó tem grandes chances de permanecer, já que enfrenta dois dos seus concorrentes em seus domínios (Vitória e Botafogo).
                Se em sua casa o clube catarinense é forte, fora ele não acostuma causar muitos problemas. Como visitantes foram apenas duas vitórias (uma delas surpreendente contra o São Paulo), três empates e doze derrotas. Os jogos contra Fluminense e Goiás devem quebrar uma escrita da equipe neste campeonato. Em seus domínios ainda enfrentam o poderoso líder Cruzeiro, que vem vacilando, mas certamente não será uma tarefa fácil vencê-lo. Acredito que a Chapecó fica mais um ano na Série A.

Coritiba:

                O clube paranaense que desde o começo do ano vem mostrando que brigaria para não cair e vem fazendo jus a esta previsão. Com 37 pontos, os riscos ainda são grandes, mas a vitória contra o Fluminense foi um importante passo para sua fuga. Na próxima rodada o Coxa enfrentará o Flamengo, seu carrasco na Copa do Brasil e provavelmente jogará com mais vontade para “devolver” a polemica derrota. Depois o desafio é na Bahia contra o Vitória em uma briga direta. Ainda recebe Palmeiras e Bahia no Couto, aonde costuma ser forte e ainda visita o Atlético Mineiro (não necessariamente nesta ordem).

Palmeiras:

                O Palmeiras teve uma crescente com os retornos de Valdivia e principalmente Fernando Prass, mas ainda corre riscos e não se pode dar ao luxo nessa reta final precisando de apenas 6 pontos para escapar segundo especialistas. O que pode salvar o Verdão são os dois jogos em casa, contra clubes sem pretensões no Campeonato Brasileiro (Sport e Atlético PR), justamente os 6 pontos que precisa para se livrar.
                Na próxima rodada o Palestra terá uma tarefa complicada no clássico contra o São Paulo no Morumbi, aonde não vence há 12 anos, além de também enfrentar o Internacional no Beira-Rio e o Coritiba no Couto Pereira, com ambos brigando pela fuga do Z4.

Figueirense:


                O último candidato ao rebaixamento e a meu ver um dos que tem a tabela mais complicada e por “sorte” precisa de pouco para escapar da Série B. Os catarinenses ainda irão enfrentar Atlético Mineiro e São Paulo fora de casa (podendo ser beneficiado devido a Copa do Brasil e a Copa Sul-Americana, apesar dessa ultima rodada ficar provado que mesmo com reservas não se podem desqualificar esses dois clubes). Ainda enfrenta o Inter dentro de casa, assim como o Vitória e visita o Botafogo.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Promessas Mundiais - Martin Odegaard

               
               Martin Odegaard nasceu em Drammen na Noruega em 17 de dezembro de 1998, tendo apenas 15 anos de idade e atuando como meia- atacante no Stromsgodset e pela seleção Norueguesa.
                Formado nas categorias de base do próprio Stromsgodset, o jovem começou a treinar com o time principal em 2013, quando ainda tinha 14 anos. Esse é um grande feito em todo mundo, até para os times menos estruturados. Ele também teve passagem por Bayern de Munique e por Manchester United em períodos de teste. Em janeiro de 2014 ele foi integrado ao time principal, mas sem assinar um contrato profissional, podendo treinar duas vezes por semana no Mjondalen, clube no qual seu pai é assistente técnico.
                Em abril desde ano, Odegaard fez a sua estreia profissional contra o Aalesunds, tornando-se o jogador mais jovem a atuar em uma partida da Tippeligaen (primeira divisão norueguesa). Seu gol não demorou muito para sair, marcando um mês depois de sua estreia contra o Sarpsborg 08, fechando a goleada de 4 a 1 e  também se tornando o mais jovem jogador a marcar em uma partida da Liga Norueguesa. Sua primeira partida por uma competição europeia aconteceu nesta ultima temporada, pela Liga dos Campeões contra o Steaua Bururesti.

                A sua ascensão na seleção norueguesa foi extremamente rápida. O jogador estreou pelo sub-17 em janeiro deste ano, em um torneio amistoso na Turquia e agora em agosto foi convocado para a seleção principal, disputando uma partida amistosa contra os Emirados Árabes, se tornando o jogador mais jovem à atuar pela seleção norueguesa com 15 anos e 253 dias de idade. Ele também se tornou o jogador mais jovem à atuar em uma partida oficial de Campeonato Europeu, ao entrar no jogo contra a Bulgária válido pelas Eliminatórias da Eurocopa de 2016.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Clubes Clássicos: Brasil de Pelotas

                
               O Grêmio Esportivo Brasil, também conhecido popularmente como Brasil de Pelotas foi fundado em 7 de setembro de 1911, na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. Tudo começou com divergências entre jogadores e diretores do Sport Club Cruzeiro do Sul, que era mantido por funcionários da Cervejaria Haertel. Dois jogadores do Cruzeiro do Sul marcaram uma reunião para a fundação de um novo clube, estes jogadores eram Breno Corrêa e Salustiano Brito. Coincidência ou não, o local onde ambos pararam para conversar e marcar está reunião fica bem próximo aonde todos conhecem como Baixada, o estádio Bento Freitas.
                Dizem que o primeiro “jogo” envolvendo os rivais da cidade de Pelotas começou na escolha das cores dos clubes. A intenção era ter os uniformes verde e amarelo, mas devido a semelhança, pois o Pelotas escolheu as cores azul e amarela do Clube Caixeral, o Brasil resolveu adotar as cores do Clube Diamantinos (vermelho e preto).

Campeão Gaúcho de 1919:

                Em 1919 o Brasil de Pelotas venceu seu primeiro e único Campeonato Gaúcho de sua história. Naquela época, a competição reunia os campeões das regiões Pelotas/Bagé e Porto Alegre/São Leopoldo.
                Como campeão da Segunda Região e do Campeonato de Pelotas (LPF), o Brasil disputou a final contra o campeão da Primeira Região e campeão de Porto Alegre (APAD), o Grêmio. O Xavante venceu a partida por incríveis 5 a 1, com três gols de Proença, um de Alvariza e um de Ignácio. Máximo marcou para o Tricolor Gaúcho.
                O jogo foi realizado no Estádio da Baixada, no Moinhos de Vento com a presença de mais de três mil torcedores. O GEB teve que fazer uma viagem de 16 horas entre Pelotas e Porto Alegre de navio a vapor.

Conhecendo a América:

                Em 1950 o Brasil viajou até o Uruguai para enfrentar a seleção local que se preparava para a Copa do Mundo daquele ano que seria realizada no Brasil. O clube gaúcho venceu a Celeste Olímpica pelo placar de 2 a 1, com gols de Darci e Mortosa. Com a repercussão dessa vitória histórica, o Xavante 6 anos depois partiu em uma excursão na América do Sul e Central, fazendo amistosos em nove países diferentes. Foram mais de 100 dias viajando e o saldo foi bastante positivo, tendo feito 28 jogos e saindo vitorioso em 16. Foram apenas 6 derrotas e outros 6 empates, marcando 75 gols e sofrendo 50 gols.
                A primeira parada da equipe Pelotense foi em Assunção no Paraguai. O clube realizou seu primeiro amistoso em 14 de julho e perdeu por 3 a 0 para o Cerro Porteño. Sem se abater, no dia seguinte a equipe venceu o Olimpia por 3 a 2. O clube paraguaio estava a 20 anos sem perder uma partida para um clube estrangeiro e seria mais tarde campeão nacional daquele ano.
                Esta viagem ainda teve passagens por países como a Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e depois seguiu para a América Central, passando por Panamá, Honduras e El Salvador. Retornando para a Colômbia, venceu o paraguaio Libertad, por 1 a 0 e depois goleou o Magdalena por 5 a 0 encerrando a excursão em 24 de outubro de 1956.

O melhor momento:


                Não tem como negar que o melhor momento do Xavante foi na década de 80, mais precisamente em 1985 quando alcançou o brilhante terceiro lugar no Campeonato Brasileiro. O clube do interior gaúcho eliminou outros tradicionais clubes no cenário nacional como Ceará, Bahia, Ponte Preta, além do poderoso Flamengo. Esta foi a melhor campanha da história de um clube do interior gaúcho em Campeonatos Brasileiros, nem mesmo o Juventude (que já teve grandes momentos também), conseguiu chegar tão longe.
“Nunca fomos tão longe numa competição em nível nacional e com tantos clubes de ponta do país. O trabalho da comissão técnica, iniciado em 83, com Luiz Felipe Scolari (Felipão) e com Mortoza, depois seguido por Valmir Louruz, foi o marco do grande sucesso. Nossos atletas vestiram a camiseta de paixão e se contagiaram com o a explosão do nosso torcedor”, disse Rogério Moreira, Presidente do GE Brasil em 1985.
Foi neste ano inclusive que o Estádio Bento Freitas recebeu o maior público de sua história. A partida valia vaga nas semifinais e foi disputada contra o Flamengo de Zagalo, Zico e companhia. Nas semifinais, o clube foi eliminado pelo Bangu.

Tragédia:

                Infelizmente, não é só de glórias que o Brasil de Pelotas vive e em 2009 um triste marco em sua história foi escrito. Em preparação para o Campeonato Gaúcho, no dia 15 de janeiro daquele ano, o Xavante voltava de um jogo-treino disputado no Vale do Sol contra o Santa Cruz. Por volta das 23:30 na altura do km 150 da BR-392 (próximo ao município de Canguçu), o ônibus que transportava a delegação do time tombou em uma curva e despencou de um barranco de 40 metros, perdendo três membros naquela noite.
                Morreram o preparador de goleiros Giovani Guimarães, o zagueiro prata da casa Régis Gouveia e o ídolo uruguaio Cláudio Milar. Além disso, as outras 31 pessoas envolvidas no acidente ficaram seriamente feridas e algumas delas inclusive precisaram abandonar a profissão.

                A possibilidade de abandonar a disputa do estadual surgiu afinal o clube não teria estrutura para a competição. Entretanto, a não disputa também traria outras graves consequências e foi decidido a participação. O Brasil jogou oito partidas em 15 dias e venceu apenas a última, pelo placar magro de 1 a 0 sobre o Novo Hamburgo. Era previsível que aquele ano as coisas dariam errado e o Xavante acabou sendo rebaixado para a segunda divisão do estadual.