Derby Paulista ou O Derby é o nome pelo qual é conhecido o duelo paulista entre os clubes de futebol Sport Club
Corinthians Paulista e Sociedade Esportiva Palmeiras. É o clássico mais
tradicional e de maior rivalidade entre dois clubes de futebol na cidade de São Paulo,
já que reúne as agremiações paulistanas ainda na ativa mais antigas. Foi o
jornalista Tomás Mazzoni quem batizou a rivalidade como O Derby, em referência à mais importante corrida de cavalo do mundo,
o Derby de Epsom.
Derby Paulista
O
Corinthians surgiu em 1910, associado às camadas mais populares da sociedade paulistana.
Quatro anos depois, o Palmeiras surgiu como o representante da imensa
comunidade italiana de São Paulo, com o nome de Palestra Itália - o nome
Sociedade Esportiva Palmeiras só foi adotado em 1942, durante a Segunda
Guerra Mundial quando sofreu perseguição.
Corinthians
e Palmeiras já decidiram diversos campeonatos de diversos níveis e vagas
importantes. Campeonatos Paulistas, Rio-São Paulo e até mesmo Campeonato
Brasileiro já tiveram em sua decisão o Derby Paulista. Até mesmo decidindo vaga
na Copa Libertadores da América esse clássico já ocorreu. Em 1999 o Palmeiras
eliminou o Corinthians nas quartas de finais e seria campeão daquela edição
mais tarde. Já em 2000 a vitória alviverde foi nas semifinais e seria
vice-campeã para o Boca Juniors.
É
por causa desses números, que este é o clássico que mais vezes disputou finais
ou vagas importantes na história do futebol brasileiro. Tamanha rivalidade
também chegou nas telas dos cinemas, com o filme “O Casamento de Romeu e
Julieta” em 2005. O clássico de Shakespeare foi adaptado a nossa sociedade
moderna, aonde Julieta é filha de um fanático Palmeirense, enquanto Romeu é
líder de uma torcida corintiana.
Dados gerais:
Total de jogos: 342.
Total de gols: 950
Vitórias do Palmeiras: 121.
Gols do Palmeiras: 496.
Vitórias do Corinthians: 118.
Gols do Corinthians: 457.
Empate: 103.
Maior público pagante:
120.902 (Palmeiras 1 x 0 Corinthians) – 22 de dezembro de 1974.
Maior artilheiro do clássico:
Cláudio (Corinthians) – 21 gols.
8x0 Anos da maior goleada:
Um pouco mais de três meses atrás, a maior goleada
entre Palmeiras e Corinthians completou 80 anos. O jogo ocorreu no dia 5 de
novembro de 1933 e o que tudo indicava ser um domingo comum de clássico se
transformou em um marco histórico. Um placar desta magnitude surpreendeu a
todos, porém a vitória do Palestra já era esperada por ter um time melhor e por
já ter vencido o rival no primeiro turno também por uma goleada, só que um
pouco mais “modesta”, por 5 a 1.
Foi uma época difícil para o Corinthians, já que
entre 1931 e 1933 o clube sofreu cinco das suas maiores goleadas na história (Santos
7 a 1 e posteriormente 6 a 0, Botafogo-RJ 7 a 1 e São Paulo 6 a 1, além é claro
desta contra o Palmeiras).
Romeu Pellicciari foi o nome da partida marcando três
gols nos 36 minutos iniciais e depois mais um na etapa complementar. Imparato
fez mais três gols e Elisio Gabardo fechou a conta (não necessariamente nesta
ordem). Depois desse jogo, algo que se repetiriam mais vezes ao longo da
história, inclusive recentemente, foi a “invasão” de cerca de 500 sócios foram
a sede do clube exigir a saída de toda a diretoria.
FICHA TÉCNICA
Palestra Itália 8 x 0
Corinthians
Estádio: Palestra Itália
Data: 05/11/1933
Local: São Paulo-SP
Árbitro: Haroldo Dias de Mota
Data: 05/11/1933
Local: São Paulo-SP
Árbitro: Haroldo Dias de Mota
Palestra Itália: Nascimento; Carnera e Junqueira; Tunga, Dully e Tuffy;
Avellino, Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara e Imparato. Técnico: Humberto Cabelli
Corinthians: Onça; Rossi e Bazani (Nascimento); Jango, Brancário e
Carlos; Carlinhos, Baianinho, Zuza, Chola e Gallet. Técnico: Pedro Mazzulo
Claudio Christovam de Pinho, também conhecido como
“Gerente”, por ser o líder do time corintiano na década de 40 ao lado de outros
grandes jogadores como Baltazar, Luizinho Pequeno Polegar e Mario Carbone. É o
maior artilheiro da história do clube do Parque São Jorge com 306 gols em 554
partidas e também o maior artilheiro do principal clássico do clube, o Derby
Paulista, marcando 21 gols.
Tinha uma técnica refinada e era extremamente
perigoso nas bolas paradas, tanto como escanteio, quanto falta. Uma das suas
principais jogadas eram os cruzamentos, que direcionados na cabeça de Baltazar,
o “Cabecinha de Ouro”, quase sempre resultavam em gols.
Foi revelado no Santos e curiosamente teve passagem
por todos os quatro grandes clubes do estado, ganhando um título Paulista no
Palmeiras em 1942 e outros seis títulos no Corinthians (três Paulistas e três
Rio-São Paulo), além de uma Copa América com a Seleção Brasileira (1948) e uma
Copa Rio Branco (1947).
Morreu em 2000 vitima de um ataque cardíaco em
Santos, cidade onde nasceu.
O Tetra que viraria Octa:
Em 1994 Corinthians e Palmeiras disputaram a final do
Campeonato Brasileiro e a expectativa para ambos os clubes era grande. Ambos
tinham grandes jogadores. Do lado do time alviverde tinha grandes nomes
trazidos pela parceria de cogestão com a multinacional Parmalat. Rivaldo,
Flávio Conceição, Edmundo, Zinho e Antônio Carlos, com a companhia ainda de
Velloso, César Sampaio e Evair, eram
comandados por Vanderlei Luxemburgo. Já a
escalação do técnico Jair Pereira contava com Ronaldo, Marcelinho Carioca,
Viola, Marcelinho Paulista, Souza, Marques e o rodado Branco.
Como havia vencido o primeiro jogo por 3 a 1, jogando no
Pacaembu, o Palmeiras poderia até perder pela mesma diferença na volta para ser
campeão brasileiro pela quarta vez, porque possuía a melhor campanha até então.
Quando a bola rolou, diante de pouco mais de 35 mil espectadores, quem abriu o
marcador foi a equipe do Parque São Jorge, com gol de Marques logo aos três
minutos. O clássico seguiu muito disputado e teve três expulsões (Branco e
Luizinho, pelo Corinthians, e Zinho, pelo Palmeiras), porém o placar não se
alterava. Até que Rivaldo, aos 36 da etapa final, empatou e deu números finais,
findando o sonho alvinegro.
FICHA TÉCNICA
Palmeiras 1 x 1 Corinthians
Data:18/12/94 Domingo
Local: Pacaembu (São Paulo-SP);
Público: 35.217;
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (MG);
Gols: Marques 3' do 1º; Rivaldo 36' do 2º;
Cartões Amarelos: César Sampaio, Antônio Carlos, Ronaldo, Branco,
Gralak e Marcelinho Carioca;
Expulsões: Zinho, Branco e Luizinho
Palmeiras: Velloso, Cláudio, Antônio Carlos, Cléber e Wágner;
César Sampaio, Flávio Conceição (Amaral), Zinho e Rivaldo;
Edmundo (Tonhão) e Evair. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Corinthians: Ronaldo, Paulo Roberto Costa, Henrique, Gralak e
Branco; Luizinho, Marcelinho Paulista e Souza (Tupãzinho);
Marcelinho Carioca, Viola e Marques. Técnico: Jair Pereira.
Local: Pacaembu (São Paulo-SP);
Público: 35.217;
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (MG);
Gols: Marques 3' do 1º; Rivaldo 36' do 2º;
Cartões Amarelos: César Sampaio, Antônio Carlos, Ronaldo, Branco,
Gralak e Marcelinho Carioca;
Expulsões: Zinho, Branco e Luizinho
Palmeiras: Velloso, Cláudio, Antônio Carlos, Cléber e Wágner;
César Sampaio, Flávio Conceição (Amaral), Zinho e Rivaldo;
Edmundo (Tonhão) e Evair. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Corinthians: Ronaldo, Paulo Roberto Costa, Henrique, Gralak e
Branco; Luizinho, Marcelinho Paulista e Souza (Tupãzinho);
Marcelinho Carioca, Viola e Marques. Técnico: Jair Pereira.
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