sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Valorização!


                O futebol a cada ano que passa esbanja valores. Há muito tempo o esporte deixou de ser só um esporte e se torna cada vez mais um grande mercado. Os clubes brasileiros aos poucos se adaptam a essa realidade e buscam cada vez mais fontes de capitação de recursos financeiros. Em razão disso, talvez os clubes começaram a se valorizar mais e dificultar a saída de muitos jogadores para o exterior.  Os dois últimos jogadores badalados do futebol brasileiro negociado com o futebol exterior movimentaram valores dignos de transações entre clubes europeus, isso pode indicar uma nova era na qual os clubes brasileiros parem de vender suas joias a “preço de banana”.
                Os jovens jogadores Oscar e Lucas, duas das três principais promessas brasileiras dos últimos anos, foram vendidos respectivamente por 79 milhões de reais e por 108 milhões de reais, batendo recordes nacionais e provavelmente superadas nos próximos anos apenas quando Neymar for vendido. Muitas pessoas disseram que eles não valiam tudo isso, um deles inclusive foi o Sir Alex Ferguson, técnico do Manchester United que pretendia contratar Lucas, mas teve a oferta de seu time superada pelo milionário PSG.
                Porém a grande questão é: Até quando vamos vender nossos principais jogadores a clubes europeus por pouco dinheiro, enquanto quando pretendemos repatriar algum, são cobrados valores muito acima dos nossos padrões? Sou a favor de valorizarmos nossos jogadores, afinal somos uma das maiores fábricas de craques do mundo e já “perdemos” muito dinheiro com vendas mal feitas. Recentemente o caso mais evidente foi o do volante Ramires, que saiu do Cruzeiro, que foi vendido ao Benfica por 7,5 milhões de euros e um ano depois mesmo atuando em uma liga mais fraca foi vendido ao Chelsea por quase o triplo do valor (19 milhões de euros). Hoje é um dos principais jogadores dos Blues, da seleção brasileira e talvez até do mundo e todos sabíamos que ele tinha potencial pra isso.
                Que essas duas vendas mostrem para o futebol europeu que agora podemos exigir mais de nossas joias. E que mostre também para esses jogadores se valorizarem mais e para seus empresários serem menos “malandros”.

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