O futebol a cada ano que passa esbanja valores. Há muito
tempo o esporte deixou de ser só um esporte e se torna cada vez mais um grande
mercado. Os clubes brasileiros aos poucos se adaptam a essa realidade e buscam
cada vez mais fontes de capitação de recursos financeiros. Em razão disso, talvez
os clubes começaram a se valorizar mais e dificultar a saída de muitos
jogadores para o exterior. Os dois últimos
jogadores badalados do futebol brasileiro negociado com o futebol exterior
movimentaram valores dignos de transações entre clubes europeus, isso pode
indicar uma nova era na qual os clubes brasileiros parem de vender suas joias a
“preço de banana”.
Os jovens
jogadores Oscar e Lucas, duas das três principais promessas brasileiras dos últimos
anos, foram vendidos respectivamente por 79 milhões de reais e por 108 milhões
de reais, batendo recordes nacionais e provavelmente superadas nos próximos
anos apenas quando Neymar for vendido. Muitas pessoas disseram que eles não
valiam tudo isso, um deles inclusive foi o Sir Alex Ferguson, técnico do Manchester
United que pretendia contratar Lucas, mas teve a oferta de seu time superada
pelo milionário PSG.
Porém a
grande questão é: Até quando vamos vender nossos principais jogadores a clubes
europeus por pouco dinheiro, enquanto quando pretendemos repatriar algum, são
cobrados valores muito acima dos nossos padrões? Sou a favor de valorizarmos
nossos jogadores, afinal somos uma das maiores fábricas de craques do mundo e
já “perdemos” muito dinheiro com vendas mal feitas. Recentemente o caso mais
evidente foi o do volante Ramires, que saiu do Cruzeiro, que foi vendido ao Benfica
por 7,5 milhões de euros e um ano depois mesmo atuando em uma liga mais fraca
foi vendido ao Chelsea por quase o triplo do valor (19 milhões de euros). Hoje é
um dos principais jogadores dos Blues, da seleção brasileira e talvez até do
mundo e todos sabíamos que ele tinha potencial pra isso.
Que
essas duas vendas mostrem para o futebol europeu que agora podemos exigir mais
de nossas joias. E que mostre também para esses jogadores se valorizarem mais e
para seus empresários serem menos “malandros”.
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