quarta-feira, 27 de junho de 2012

As vezes o barato sai caro!


                Uma frase muito popular no Brasil ilustra muito a situação que se encontra um dos maiores clubes do país e estão na hora de todos neste clube começarem a mudar os seus conceitos. O São Paulo Futebol Clube nos últimos anos era um grande exemplo de planejamento e de diretoria, mas hoje essa visão está mudando e o que era para ser seguido está se tornando algo visivelmente a ser evitado. A diretoria caiu na mesmice que acontece em outros clubes, sem democracia, um sistema autoritário e que chegou até a mudar o estatuto para continuar no poder. O certo seria o atual presidente Juvenal Juvêncio colocar um aliado, alguém que seguisse suas ideias, assim como sempre foi no clube e assim como é em todo lugar no Brasil. Não foi o que aconteceu e ele mesmo continuou no poder.
                Indiferente disso, ele já foi responsável por grandes feitos no clube. Os anos recentes de glórias tiveram muita responsabilidade dele, mas o mundo é dinâmico e quando se para no tempo e não acompanha a evolução, as pessoas assim como as máquinas e outros sistemas se tornam obsoletos. A diretoria claramente está errando no planejamento e insiste nos mesmos erros, é preciso mudar essa visão. Desde 2009 o time não ganha um título se quer e desde a metade de 2010 o time parou de ser competitivo.
Leão cometeu erros graves dentro de campo, insistia em jogadores que não estavam rendendo a vários jogos e no primeiro erro sacava outros, parecia até que escalava por afinidade. O time não tinha jogadas ensaiadas, dependia apenas de jogadas individuais, além de sempre no aperto, fazer as mesmas substituições e nunca dar resultado. Porém uma coisa seja dita, desde que Leão chegou a finalização do time melhorou, o que nos leva a pensar que se é preciso um técnico para treinar cada coisa?
Fora de campo quem erra é a diretoria e o pior é que vem cometendo sempre os mesmos erros ultimamente. Até pouco tempo atrás o São Paulo tinha a melhor defesa do país, mas seus laterais eram o grande problema. Foram comprados diversos jogadores, foram feitas várias improvisações, isso tudo por que sempre foi visto jogadores “promessas” de times pequenos. Às vezes pode dar certo, aquele jogador desconhecido chegar e mostrar que é muito bom jogador até para times grandes. Temos um exemplo no elenco, Rhodolfo que jogava no Atlético Paranaense e provou ser de grande valor. Para a lateral esquerda finalmente foi investido pesado e parece que está solucionado, para a direita, Douglas está bem, mas ainda é preciso melhorar, quem sabe com um treinamento tático no elenco (que é o que está faltando) ele se torne um jogador chave.
Após a saída de Miranda e o conturbado adeus de Alex Silva (que também já estava começando a estar longe de sua melhor forma técnica), o São Paulo ficou com um problema na zaga que dura até hoje. O problema da diretoria nessa questão foi cometer os mesmo erros que cometia com os laterais. Xandão uma promessa que veio do Barueri, não passou de promessa e apesar de ter começado bem, caiu de rendimento. João Filipe foi contratado do Botafogo, jovem e estabanado, mas parecia bom zagueiro. Graças as suas investidas ao ataque perdeu espaço com Leão, e em sua volta, foi expulso em um clássico, fechando de vez suas chances com o ex treinador. O São Paulo então investiu em dois zagueiros, o primeiro foi Paulo Miranda que todos contestaram sua contratação e já previam um mal desempenho. O zagueiro jogou em um time que lutou para não cair e não foi o principal zagueiro da equipe, além disso teve passagem bem apagada pelo Palmeiras. O outro zagueiro foi Edson Silva que recebeu diversos destaques por onde passou e tinha tudo para dar certo no Tricolor, mas infelizmente não vem tão bem quanto todos esperavam. A boa noticia para ele é que não cometeu erros grotescos e comprometedores como Paulo Miranda, talvez com um ajuste tático o zagueiro de 26 anos acabe se firmando no time.
O setor mais caótico do time é a zaga e precisa ser urgentemente contratado alguém de peso. Enquanto aos dois jovens Bruno Uvini e Luiz Eduardo deveriam ser emprestados a times pelo menos da Série B, para ganharem experiência e ritmo de jogo, coisa que não são. O time está precisando de volantes, já que provavelmente em julho o único que estará disponível será o jovem Rodrigo Caio, e isso já eram previsto desde a contusão de Wellington. Todos sabiam que era possível Denílson não ficar, que Casemiro iria (e deve ir) para as Olimpíadas e que Fabricio com o histórico de lesões tinha risco de não estar sempre bom fisicamente para atuar. Questiono se existe um plano de contingencia nas mangas desses diretores que sempre deixam as coisas para ultima hora.
Os maiores culpados dessa situação são os gestores, os diretores do clube que ainda não reconhecem isso. Não digo que precisam pedir as contas, mas devem e rapidamente mudar suas posturas e pensamentos. A pouco tempo atrás vimos uma das maiores montadoras do mundo quebrar e só não fechar por causa de dinheiro do governo americano. Se até gestores da GM, formados nas melhores faculdades do mundo cometeram grandes erros, porque seria ridículo pensar que o planejamento neste momento está errado? Falta humildade e reconhecimento dos erros, buscar corrige-los e mudar. Se ai então não se conseguir mudar o pensamento da pessoa, que a troque e coloque outra com a mente mais aberta. Nos últimos anos o barato está saindo caro para o São Paulo, foram muitos técnicos de momento que custaram dinheiro e nada foi resolvido, foram muito jogadores “meia boca” que custaram dinheiro e não resolveram. Isso acontece com todos, o problema que no São Paulo está acontecendo frequentemente e o clube está perdendo seu diferencial.

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