O futebol sempre foi conhecido como um esporte machista e culturalmente sempre visto como uma eterna briga de homem querer ver futebol e a mulher a novela. Entretanto as coisas têm mudado e vemos um grande número de mulheres se tornando adeptas do futebol. Hoje não podemos mais dizer que o futebol é um esporte machista, pelo menos não nas arquibancadas.
Apesar
deste crescente número de torcedoras, ainda existe um pouco de preconceito por
parte de outros torcedores ou da sociedade de maneira geral. Em um rápido
questionamento para algumas torcedoras, pode se destacar o relato de Rayana
Dias, 22 anos: “Como em outros setores sociais, no futebol a mulher ainda é
muito discriminada. Um homem tirar foto com o ídolo do seu time, é normal, já a
mulher que faz isso, é maria-chuteira. Sofri, sofro e tenho certeza que ainda
sofrerei muito preconceito por ser mulher e gostar de futebol, e não só aos
olhos do torcedor masculino, mas aos olhos da própria sociedade. Isso acontece
porque convencionalmente futebol é “esporte de homem”, e para alguns a mulher
entender ou saber opinar certamente sobre o assunto, chega a ser uma ofensa.
Definitivamente as pessoas tem que entender que ter um ovário não faz você ser
incapaz de saber regras, conhecer histórias e entender tudo que se passa numa
partida de futebol.”
Algo
que pode servir para romper esse preconceito é a aceitação que ocorre em um
elemento importante das torcidas no Brasil, As Torcidas Organizadas. Hoje
existe um grande número de mulheres virando associadas de Torcidas e isso está
funcionando como uma inclusão no esporte. O Geral FC também conversou com
algumas dessas mulheres e percebemos que as coisas estão mudando. Segundo
Caroline dos Santos, integrante da Gaviões Alvinegros: “Antes tinha muito
machismo, cheio de regras tolas, como não ter nenhum tipo de relacionamento com
homens de torcidas rivais. Agora melhorou, eles escutam a gente, conversam e
aceitam a ajuda”.
O
aspecto negativo que ocorre com essas novas mulheres que ingressam no futebol é
o “modismo”. Hoje o futebol é febre, muito mais do que era antes,
principalmente devido a Copa do Mundo e redes sociais e muitas mulheres (homens
também) acabam entrando no embalo de torcer. Conversando com algumas torcedoras
que já provaram seu fanatismo de diversas maneiras, é unanime que esse modismo
existe. “Muitas querem chamar atenção, na maioria das vezes não sabem nem
escalar o time, mas colocam a camisa tiram uma foto quando o clube está em boa
fase e se sente um grande torcedor.” – Giullya Franco, 19 anos, torcedora do Goiás.
O fato
é que as mulheres cada vez mais vêm entrando no universo do futebol e isso tem
sido cada vez mais interessante em diversos aspectos.
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