quarta-feira, 26 de junho de 2013

Raio X: Victor x Fábio



                O Raio X está de volta para comparar dois jogadores e “decidir” qual é o melhor. Para a retomada dessa coluna teremos dois ótimos goleiros que já possuem certa experiência e hoje defendem as cores de clubes rivais (para apimentar ainda mais a comparação?). de um lado temos Victor defendendo o Atlético Mineiro e de outro lado temos Fábio defendendo o Cruzeiro.
                Victor Leandro Bagy, nascido em 21 de janeiro de 1983 (30 anos) em Santo Anastácio e hoje é goleiro do Atlético Mineiro. Victor começou sua carreira nas categorias de base do São Paulo em 1997 quando ainda tinha 14 anos. Com pouco espaço, decidiu mudar de clube e começou a jogar nas categorias de base do Paulista, clube de Jundiaí no interior de São Paulo. No Paulista Victor se mostrou bastante promissor e aos 17 anos começou a integrar a equipe profissional como reserva. Em 2005 participou da campanha surpreendente do Paulista, na qual se sagrou Campeão da Copa do Brasil, na ocasião Victor era goleiro reserva.
                Em 2007 se transformou em titular absoluto da posição e foi um dos grandes destaques da Série B aquele ano e apesar do rebaixamento para a Série C, foi contratado pelo Grêmio juntamente com o zagueiro Réver, indicados por Vágner Mancini, com quem já tinha trabalhado nos tempos de Paulista. No Grêmio Victor apesar da desconfiança por ter vindo de um clube recém-rebaixado começou a se destacar e logo já assumiu a titularidade da meta Tricolor. Em meados do Campeonato Brasileiro de 2008 já era considerado por muitos o melhor goleiro em atividade no Brasil e inclusive entrando na seleção oficial do Campeonato Brasileiro daquele ano.
                Foi no Grêmio que Victor viveu seu melhor momento da carreira. Se não chegou a conquistar nenhum título expressivo pelo clube, pelo menos teve suas premiações individuais e além de ser o Melhor Goleiro do Brasileiro de 2008, repetiu o feito em 2009. Foi em 2009 que o arqueiro também ganhou a Bola de Prata da Placar como goleiro (segundo prêmio mais consagrado do Brasil e que inclusive deu origem ao oficial da CBF) e foi campeão da Copa das Confederações pelo Brasil. Hoje no Atlético Mineiro, Victor não vinha aparecendo muito, até que como uma benção, defendeu um pênalti no ultimo minuto da partida contra o Tijuana do México, nas quartas de finais da Libertadores garantindo assim a classificação heroica do clube mineiro que é hoje o grande favorito a erguer o caneco inédito na sua história.
                Fábio Deivson Lopes Maciel, nasceu em 30 de setembro de 1980 em Nobres no Mato Grosso. O goleiro começou a sua carreira no pequeno União Bandeirantes, do Paraná, clube hoje que não existe mais. Teve uma rápida passagem pelo Atlético Paranaense e depois chegou ao Cruzeiro por empréstimo de um ano. Foi neste ano que o goleiro ainda como reserva se sagrou campeão da Copa do Brasil em 2000. Após seu contrato de empréstimo terminar, se transferiu para o Vasco e lá ficou por 4 anos.
                No Vasco, Fábio foi durante quase 2 anos reserva de Helton e inclusive no mesmo ano que venceu a Copa do Brasil pelo Cruzeiro como reserva, também vencendo o Campeonato Brasileiro pelo Vasco. Transformou-se em titular da equipe em 2002, após a venda de Helton para o futebol português. Fábio ficou no Vasco até 2004 e acabou retornando ao Cruzeiro.
                No Cruzeiro até os dias atuais, Fábio é considerado um ídolo para grande parte da torcida (se não para todos). O arqueiro também não possui grandes títulos como titular pelo Cruzeiro, porém conseguiu individualmente alguns destaques como a Bola de Prata e Melhor Goleiro do Brasileiro, ambos em 2010. Foi campeão da Copa América de 2004. Fábio é o terceiro goleiro na história a gravar suas mãos na Calçada da Fama do Mineirão.
                Victor em sua carreira teve uma ascensão meteórica. Saiu de um rebaixado a Série C Paulista e conseguiu chegar a Seleção Brasileira muito rapidamente, sendo considerado por duas vezes seguidas o melhor goleiro do futebol nacional em atividade no Brasil. Fábio sempre vi como um jogador “injustiçado” e pelo que já chegou a apresentar poderia ter ganhado mais chances na Seleção. A diferença na idade, mesmo que pequena também pesa a favor de Victor que conseguiu maiores feitos e é um pouco mais novo. São dois ótimos goleiros, hoje vejo Fábio um pouco melhor, mas o Raio-X considera Victor melhor pelo que ambos conquistaram em sua carreira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário