Certo dia, uma amiga que trabalhava nesse
clube me perguntou se eu queria fazer um trabalho extra nos dias de jogos, na
secretaria, resolvendo alguns problemas que poderiam a vir acontecer com
torcedores: carteiras de sócios, pagamento de mensalidades, coisas comuns em
dia de jogo. Eu aceitei o convite pelo dinheiro “extra” que iria entrar no meu
orçamento. Posteriormente, fui convidada a trabalhar de forma definitiva na
parte administrativa do clube. Como já era a área que eu atuava em outra
empresa, aceitei o desafio.
Com isso comecei a conhecer a história desse
clube, acompanhar a paixão que ele despertava nas pessoas da cidade.
Trabalhávamos em dias de jogos até a hora de começar a partida, quando então
estávamos liberados para assistir o jogo. Como meu namorado estava nas
arquibancadas, aproveitava para encontrá-lo e assistíamos os jogos juntos.
Aquilo foi se tornando uma coisa legal, passou a ser uma coisa muito legal, até
que se tornou uma coisa indispensável pra mim. Comecei a não só assistir, mais
torcer pelo time. Ficar apreensiva com o resultado positivo que não vinha,
vivenciar o futebol de forma mais intensa.
Até que em uma certa partida, com o estádio
lotado, a torcida fazendo sua parte na arquibancada, cantando seus tradicionais
cantos de amor ao clube, no campo a coisa não fluía bem. O time perdia o jogo
por 3 x 1, e faltavam apenas 10 minutos para o término da partida. Muitos
“torcedores” já tinham aceitado a derrota, mas os jogadores dentro de campo
não. E o que para muitos era um milagre, os jogadores tornaram realidade. Em 10
minutos o time marcou 3 gols e virou a partida!
O estádio explodiu em festa, uma coisa que
nunca tinha presenciado na vida. Pessoas que não se conheciam se abraçavam,
pulavam, correndo sem direção. Coisa de louco! E eu, nessa história, chorei. Isso
mesmo, não consegui segurar as lágrimas. Fomos embora extasiados, senti uma
alegria enorme. A partida virou um marco na minha vida de torcedora: depois
daquele dia não posso mais negar, eu tenho um time de coração, pelo qual sofro,
me alegro e me envolvo todos os dias. Um time pelo qual me disponho a sair da
minha cidade e viajar mais de 1000 km só
pra vê-lo jogar. Um time que me faz ficar ansiosa, pensando como vai ser a
próxima partida, qual o próximo título, enfim, um sentimento difícil de
explicar em palavras.
Afinal, é o clube de futebol que leva o nome
da minha cidade e representa com muita nobreza o meu estado.
Meu time de coração se chama CRICIÚMA ESPORTE
CLUBE, o maior e mais vitorioso time de SANTA CATARINA!
Bela história. Bem curiosa, pra falar a verdade, mas é linda, diferente... única. Futebol é uma coisa apaixonante, capaz de nos proporcionar risos, choros, raiva, alegria... Como uma montanha russa de emoções. Parabéns pelo texto e boa sorte ao seu Criciúma! Que faça um bom papel na séria A no próximo ano.
ResponderExcluir"Só entende a nossa loucura aqueles que são loucos como a gente."
Saudações Cruzmaltinas. /+/