Paixão de Torcedor - Jéssica Aline Ribeiro

           

             Olá pessoal do Geral F. C., eu sou a Jéssica Aline Ribeiro, tenho 21 anos, estudante de Terapia Ocupacional e sou torcedora fanática do Clube Atlético Paranaense <3. Primeiramente quero agradecer ao convite e dizer que é uma honra estar escrevendo aqui e principalmente por vir falar da minha história como torcedora. Bom, para começar a falar sobre a minha paixão pelo CAP tenho que iniciar lhes contando sobre como me tornei torcedora. Minha família sempre foi fanática pelo Atlético Paranaense, desde meus avós que contam que iam aos jogos juntos antes de se casarem, assim como o sentimento de paixão que minha bisavó Maria sentia pelo Furacão e o amor de meus tios pelo Rubro-Negro Paranaense. Sendo assim, com essa família completamente fanática, tenho certeza que desde que nasci me tornei mais uma torcedora Atleticana! Cresci acompanhando o Atlético e cada vez mais fui me apaixonando pelo futebol, mas tenho certeza que a primeira vez que fui no Estádio Joaquim Américo o amor bateu mais forte e a paixão da torcida me deu certeza do quanto eu me tornava mais uma fanática por este clube.

            Hoje, dia 26 de março, o Clube Atlético Paranaense comemora seus 90 anos de história. O primeiro título do Clube já veio no ano seguinte a sua fusão, foi no Paranaense de 1925 e de lá pra cá o Atlético já conquistou o Campeonato Brasileiro de 2001, disputou a final da Libertadores de 2005, ano passado esteve na final da Copa do Brasil e este ano está disputando a fase de grupos da Copa Libertadores da América. Pra mim esses 90 anos do Rubro-Negro significam o crescimento do Atlético junto com sua torcida, pois é desta união que surgiu a nossa PAIXÃO e nossa RAÇA, dentro e fora dos gramados construindo a nossa história e alcançando o reconhecimento ao nosso futebol.

            Mas ao falar de história, independente do clube que seja, sempre nos remetemos as questões da rivalidade e na minha vida como torcedora tenho muitas histórias sobre este assunto a contar. É fato que qualquer torcedor tem amigos ou até mesmo pessoas da família que torçam para o time rival, eu como qualquer um desses torcedores também passo por isso, mas a diferença é que eu vivo com a rivalidade ao meu lado, há 4 anos e 8 meses namoro com um Coxa Branca. Sim, sim, o amor falou mais alto e claro que se me perguntar se eu queria que ele fosse Atléticano eu iria dizer que sim no começo, mas depois de um tempo essa rivalidade nos fez forte e nos mostrou muito sobre questões do respeito e da paz entre as torcidas. Sofremos muito até hoje por uma espécie de preconceito por está questão da rivalidade, mas isto só nos faz refletir que é um tipo de pensamento em que gera muitas vezes a violência dentro e fora dos estádios. Não é porque somos de torcida diferentes que o nosso AMOR não seja o mesmo, afinal este amor é pelo velho e bom futebol, apenas os sentimentos são por clubes opostos, de cores diferentes, histórias diferentes mas com um objetivo em comum: Tornar o Futebol Paranaense mais FORTE!

            Não sei se todos sabem, mas o significado da palavra torcedor vem da história da década de 30, em que as mulheres torciam lenços quando ficavam nervorsas nas partidas de futebol, desta forma elas indicavam o time em qual tinha mais simpátia falando eu estou "torcendo', no caso o lenço, para tal time. Essa história tem muito haver com a questão das torcedoras apaixonadas, se até mesmo o significado da palavra torcedor vem por nós mulheres quando acompanhavam o futebol nas décadas passadas, acredito que participando dessa história nós mulheres merecemos muito respeito pois muitas sabemos de futebol tanto quanto os homens e nosso amor é tão igual quanto o deles. Neste mundo somos todos iguais, mas de formas diferentes, no futebol o que nos une é mágia que está em cada canto do campo, das arquibancadas e do amor que existe entre esse esporte que move multidões.