terça-feira, 18 de novembro de 2014

História dos Clássicos - Derby della Madonnina

               O Derby della Madonnina é o clássico italiano entre os dois principais clubes da cidade de Milão, no norte da Itália, entre Milan e Internazionale. O nome dado ao clássico é referente a uma estátua de Nossa Senhora localizada em cima da Catedral Duomo, ponto histórico de Milão.
                O inicio do clássico começa com a história dos clubes. O Milan foi fundado em 16 de dezembro de 1899 por homens de negócios ingleses e suíços. Devido a hegemonia politica dentro do clube, uma série de insatisfações dentro do clube foram geradas e dissidentes italianos fundaram a Internazionale, nascendo uma das principais rivalidades do mundo. A briga começou pelo fato de jogadores estrangeiros serem preteridos na equipe, sempre privilegiando italianos, por isso inclusive o nome Internazionale (em apologia de time para todos).

Dados gerais:

Total de jogos: 214.
Total de gols: 578.
Vitórias do Milan: 75.
Gols do Milan: 287.
Vitórias da Inter: 77.
Gols da Inter: 291.
Empates: 62.
Maior goleador: Andriy Shevchenko (Milan) – 14 gols.

Meazza:

                Não tem como falar da história deste clássico sem falar de Giuseppe Meazza. Nascido em Milão, em 23 de agosto de 1910 e falecido em Rapallo no dia 21 de agosto de 1979, foi um dos maiores jogadores italianos de toda a história e fez muito sucesso com a camisa da Internazionale. Ele teve passagens por Milan e pela Juventus também, mas mesmo assim, sua imagem é muito ligada a Inter.
                Começou sua carreira com 17 anos na própria Internazionale e logo se firmou como titular. Era um grande centroavante que costumava provocar muito os goleiros adversários quando ficava no “um a um”, chamando-os para o drible e batendo em sua saída. Atuou pela equipe nerazurra até 1940, ganhando três títulos italianos (os três primeiros da história da Inter).
                Meazza também foi um grande jogador pela seleção italiana, vencendo as Copas do Mundo de 1934 e 1938. Marcou pela seleção 33 gols em 53 jogos e pela Internazionale 284 gols em 408 jogos (somando também a sua segunda passagem antes de se aposentar). O craque também tem seu nome eternizado no Estádio de Milão, aonde Internazionale e Milan mandam seus jogos (apesar de quando os Rossoneros jogam o Estádio é “apelidado” de San Siro).

Maior goleada:

                A maior goleada registrada do confronto tem menos de 15 anos. Foi na temporada 2000/2001 válida pelo Campeonato Italiano e tendo como destaque um brasileiro. O elástico placar de 6 a 0 para o Milan mostrou a superioridade naquela partida. Jogo era válido pela 30ª rodada do Calcio e foi realizado com mando da Internazionale. O Milan tinha um grande time, com Maldini e Costacurta no setor defensivo, além de Federico Giunti na armação e Shevchenko como grande matador.
                Apesar de ter grandes jogadores, talvez um menos popular hoje em dia para muitos brasileiros, mas que na época fez história com a camisa dos Rossoneros, brilhou e decidiu o jogo. O brasileiro Serginho, que jogou por São Paulo e Cruzeiro aqui no Brasil fez 3 assistências na partida e ainda fechou o placar da goleada.

FICHA TÉCNICA:
Data: 11/05/2001.
Internazionale 0 x 6 Milan.
Local: Giuseppe Meazza.
Gols: Comandini (3’, 19’), Giunti (53’), Shevchenko (66’, 77’) e Serginho (81’).

Internazionale: Frey, Ferrari, Blanc, Simic, Zanetti, Farinós (Cauet), Di Biagio (Seedorf), Dalmat, Gresko, Vieri e Recoba. Téc: Marco Tardelli.

Milan: Rossi, Helveg, Costacurta, Roque Júnior, Maldini, Gattuso, Giunti (Guglielminpietro), Kaladze, Serginho, Comandini (José Mari), Schevchenko (Leonardo). Téc: Cesare Maldini.

Anos dourados:

                A década de 60 foi gloriosa para o clássico de Milão, com Sandro Mazzola na Internazionale e Gianni Rivera no Milan, os torcedores puderam assistir diversos jogos emocionantes e de alta qualidade. A rivalidade chegou a ultrapassar a barreira clubista e chegou até a seleção, aonde raramente os dois jogavam juntos, sempre um substituindo o outro.
                Na Copa do Mundo ficava um pouco evidente. Mazzola era o titular em todos os jogos e Rivera só atuou na segunda etapa do terceiro jogo da fase de grupos. Nas quartas e semifinais Rivera entrou no lugar de Mazzola no intervalo e na polemica final, o atleta do Milan entrou no jogo somente no final, quando tudo já estava perdido e a Azzurra perdia por 4 a 1. Coincidência ou não, na Copa de 74, eles jogaram juntos em duas partidas da primeira fase e a Itália não conseguiu avançar para o mata-mata.

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