O Derby della Madonnina é o clássico italiano entre os dois
principais clubes da cidade de Milão, no norte da Itália, entre Milan e
Internazionale. O nome dado ao clássico é referente a uma estátua de Nossa
Senhora localizada em cima da Catedral Duomo, ponto histórico de Milão.
O
inicio do clássico começa com a história dos clubes. O Milan foi fundado em 16
de dezembro de 1899 por homens de negócios ingleses e suíços. Devido a
hegemonia politica dentro do clube, uma série de insatisfações dentro do clube
foram geradas e dissidentes italianos fundaram a Internazionale, nascendo uma
das principais rivalidades do mundo. A briga começou pelo fato de jogadores
estrangeiros serem preteridos na equipe, sempre privilegiando italianos, por
isso inclusive o nome Internazionale (em apologia de time para todos).
Dados gerais:
Total de jogos: 214.
Total de gols: 578.
Vitórias do Milan: 75.
Gols do Milan: 287.
Vitórias da Inter: 77.
Gols da Inter: 291.
Empates: 62.
Maior goleador: Andriy Shevchenko (Milan) – 14 gols.
Meazza:
Não tem
como falar da história deste clássico sem falar de Giuseppe Meazza. Nascido em
Milão, em 23 de agosto de 1910 e falecido em Rapallo no dia 21 de agosto de
1979, foi um dos maiores jogadores italianos de toda a história e fez muito
sucesso com a camisa da Internazionale. Ele teve passagens por Milan e pela
Juventus também, mas mesmo assim, sua imagem é muito ligada a Inter.
Começou
sua carreira com 17 anos na própria Internazionale e logo se firmou como
titular. Era um grande centroavante que costumava provocar muito os goleiros
adversários quando ficava no “um a um”, chamando-os para o drible e batendo em
sua saída. Atuou pela equipe nerazurra até 1940, ganhando três títulos
italianos (os três primeiros da história da Inter).
Meazza
também foi um grande jogador pela seleção italiana, vencendo as Copas do Mundo
de 1934 e 1938. Marcou pela seleção 33 gols em 53 jogos e pela Internazionale
284 gols em 408 jogos (somando também a sua segunda passagem antes de se
aposentar). O craque também tem seu nome eternizado no Estádio de Milão, aonde
Internazionale e Milan mandam seus jogos (apesar de quando os Rossoneros jogam
o Estádio é “apelidado” de San Siro).
Maior goleada:
A maior
goleada registrada do confronto tem menos de 15 anos. Foi na temporada
2000/2001 válida pelo Campeonato Italiano e tendo como destaque um brasileiro.
O elástico placar de 6 a 0 para o Milan mostrou a superioridade naquela
partida. Jogo era válido pela 30ª rodada do Calcio e foi realizado com mando da
Internazionale. O Milan tinha um grande time, com Maldini e Costacurta no setor
defensivo, além de Federico Giunti na armação e Shevchenko como grande matador.
Apesar
de ter grandes jogadores, talvez um menos popular hoje em dia para muitos
brasileiros, mas que na época fez história com a camisa dos Rossoneros, brilhou
e decidiu o jogo. O brasileiro Serginho, que jogou por São Paulo e Cruzeiro
aqui no Brasil fez 3 assistências na partida e ainda fechou o placar da
goleada.
FICHA TÉCNICA:
Data: 11/05/2001.
Internazionale 0 x 6 Milan.
Local: Giuseppe Meazza.
Gols: Comandini (3’, 19’), Giunti (53’), Shevchenko (66’,
77’) e Serginho (81’).
Internazionale: Frey,
Ferrari, Blanc, Simic, Zanetti,
Farinós (Cauet), Di Biagio (Seedorf), Dalmat, Gresko, Vieri e Recoba. Téc:
Marco Tardelli.
Milan: Rossi,
Helveg, Costacurta, Roque Júnior, Maldini, Gattuso, Giunti (Guglielminpietro),
Kaladze, Serginho, Comandini (José Mari), Schevchenko (Leonardo). Téc: Cesare
Maldini.
A
década de 60 foi gloriosa para o clássico de Milão, com Sandro Mazzola na
Internazionale e Gianni Rivera no Milan, os torcedores puderam assistir
diversos jogos emocionantes e de alta qualidade. A rivalidade chegou a
ultrapassar a barreira clubista e chegou até a seleção, aonde raramente os dois
jogavam juntos, sempre um substituindo o outro.
Na Copa
do Mundo ficava um pouco evidente. Mazzola era o titular em todos os jogos e
Rivera só atuou na segunda etapa do terceiro jogo da fase de grupos. Nas quartas
e semifinais Rivera entrou no lugar de Mazzola no intervalo e na polemica
final, o atleta do Milan entrou no jogo somente no final, quando tudo já estava
perdido e a Azzurra perdia por 4 a 1. Coincidência ou não, na Copa de 74, eles
jogaram juntos em duas partidas da primeira fase e a Itália não conseguiu
avançar para o mata-mata.
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