quinta-feira, 25 de setembro de 2014

História dos Clássicos: Superclássico Argentino

                O Superclássico Argentino é o maior clássico de futebol da Argentina e reúne os clubes que mais vezes venceram o Campeonato Argentino e os dois detentores das duas maiores torcidas do país, o Boca Juniors e o River Plate.
                As rivalidades de Buenos Aires costumam surgir pela proximidade dos dois clubes, alguns pertencendo ao mesmo bairro outros de bairros vizinhos. Foi assim que surgiu essa rivalidade, lutando para ser o melhor representante do bairro de La Boca, aonde ambos foram fundados. Posteriormente, o River precisou mudar-se de casa, fixando-se em Belgrano na década de 1920.
                A distância entre os bairros de La Boca e Belgrano (um fica no sul de Buenos Aires e outro no norte) só serviu para aumentar ainda mais essa rivalidade. Primeiramente, por ser um bairro humilde, os moradores de La Boca não perdoaram o River por ter se mudado para um bairro nobre e sendo bem recebido pela comunidade portenha. A disputa caracterizou bastante a rivalidade “povo x elite”, apesar de hoje ambos os clubes quebrarem esse tipo de barreira social e terem torcedores de todas as classes.

Dados Gerais:

Total de jogos: 349.
Total de gols: 889.
Vitórias do Boca Juniors: 128.
Gols do Boca Juniors: 465.
Vitórias do River Plate: 112.
Gols do River Plate: 424.
Maior goleador: Ángel Labruna (River Plate) - 16 gols.

Chuva de Gols:

                A maior goleada do clássico aconteceu em 1928 no dia 23 de dezembro e ao que parece, o Papai Noel vestia azul. O Boca Juniors goleou o River Plate por 6 a 0, jogo válido pela 27ª rodada da primeira divisão Associação Amadora Argentina de Futebol. O primeiro gol saiu dos pés de Tarasconi aos 3 minutos de partida e aos 20, provavelmente o divisor de águas para uma goleada histórica do Boca, Giglio e Uriarte, ambos do River saem lesionados e naquele tempo não existiam substituições.
                Aos 30 minutos Kuko marcaria e aos 40 novamente Tarasconi ampliaria o placar, terminando 3 a 0 para os Xineizes no primeiro tempo. Com o começo do segundo tempo, as coisas ficaram ainda mais terríveis para o River. Aos 10 minutos Kuko marcou seu segundo gol e quarto do Boca e aos 25 foi a vez de Cherro marcar. Pouco tempo depois o River Plate ainda teve mais um jogador que deixou os gramados por contusão.
                Com oito em campo, Cherro ampliou logo depois para o Boca. O placar estava feito e o capitão dos Millonarios pede gentilmente ao árbitro que encerre antes do fim e o mesmo foi aceito. O jogo terminou com sete minutos faltando.

Goleador:

                Ángel Amadeo Labruna nasceu em Buenos Aires em 28 de setembro de 1918. Sua carreira profissional começou no River Plate em 1939, fazendo parte da incrível geração vitoriosa da década de 50 formada por Juan Carlos Muñoz, José Manuel Moreno, Adolfo Pedernera e Félix Loustau. Venceu nove campeonatos argentinos e atuando nos Millonarios por 20 anos, disputou 515 partidas e marcou 293 gols, virando uma lenda.
                Após deixar o River Plate em 1959, foi contratado pelo Rampla Juniors do Uruguai. Aos 42 anos ele teve tempo de disputar 16 partidas e ainda marcar três gols. Retornando para a Argentina em 1961, ele ainda atuou rapidamente por dois clubes antes de se aposentar com 43 anos. Primeiro o Platense, jogando apenas duas partidas e depois no Rangers de Talca aonde jogou cinco jogos.
                Depois de se aposentar, ele virou treinador, comandando inclusive o River na década de 1970, chegando à final da Libertadores de 1976 e perdendo para o Cruzeiro. Ele ainda treinou o Rosário Central, Racing e Talleres.

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