O
Superclássico Argentino é o maior clássico de futebol da Argentina e reúne os
clubes que mais vezes venceram o Campeonato Argentino e os dois detentores das
duas maiores torcidas do país, o Boca Juniors e o River Plate.
As
rivalidades de Buenos Aires costumam surgir pela proximidade dos dois clubes,
alguns pertencendo ao mesmo bairro outros de bairros vizinhos. Foi assim que
surgiu essa rivalidade, lutando para ser o melhor representante do bairro de La
Boca, aonde ambos foram fundados. Posteriormente, o River precisou mudar-se de
casa, fixando-se em Belgrano na década de 1920.
A
distância entre os bairros de La Boca e Belgrano (um fica no sul de Buenos
Aires e outro no norte) só serviu para aumentar ainda mais essa rivalidade.
Primeiramente, por ser um bairro humilde, os moradores de La Boca não perdoaram
o River por ter se mudado para um bairro nobre e sendo bem recebido pela
comunidade portenha. A disputa caracterizou bastante a rivalidade “povo x
elite”, apesar de hoje ambos os clubes quebrarem esse tipo de barreira social e
terem torcedores de todas as classes.
Dados Gerais:
Total de jogos: 349.
Total de gols: 889.
Vitórias do Boca Juniors: 128.
Gols do Boca Juniors: 465.
Vitórias do River Plate: 112.
Gols do River Plate: 424.
Maior goleador: Ángel Labruna (River Plate) - 16 gols.
Chuva de Gols:
A maior
goleada do clássico aconteceu em 1928 no dia 23 de dezembro e ao que parece, o
Papai Noel vestia azul. O Boca Juniors goleou o River Plate por 6 a 0, jogo
válido pela 27ª rodada da primeira divisão Associação Amadora Argentina de
Futebol. O primeiro gol saiu dos pés de Tarasconi aos 3 minutos de partida e
aos 20, provavelmente o divisor de águas para uma goleada histórica do Boca,
Giglio e Uriarte, ambos do River saem lesionados e naquele tempo não existiam
substituições.
Aos 30
minutos Kuko marcaria e aos 40 novamente Tarasconi ampliaria o placar,
terminando 3 a 0 para os Xineizes no primeiro tempo. Com o começo do segundo
tempo, as coisas ficaram ainda mais terríveis para o River. Aos 10 minutos Kuko
marcou seu segundo gol e quarto do Boca e aos 25 foi a vez de Cherro marcar.
Pouco tempo depois o River Plate ainda teve mais um jogador que deixou os
gramados por contusão.
Com
oito em campo, Cherro ampliou logo depois para o Boca. O placar estava feito e
o capitão dos Millonarios pede gentilmente ao árbitro que encerre antes do fim
e o mesmo foi aceito. O jogo terminou com sete minutos faltando.
Ángel
Amadeo Labruna nasceu em Buenos Aires em 28 de setembro de 1918. Sua carreira
profissional começou no River Plate em 1939, fazendo parte da incrível geração
vitoriosa da década de 50 formada por Juan Carlos Muñoz, José Manuel Moreno,
Adolfo Pedernera e Félix Loustau. Venceu nove campeonatos argentinos e atuando
nos Millonarios por 20 anos, disputou 515 partidas e marcou 293 gols, virando
uma lenda.
Após
deixar o River Plate em 1959, foi contratado pelo Rampla Juniors do Uruguai.
Aos 42 anos ele teve tempo de disputar 16 partidas e ainda marcar três gols.
Retornando para a Argentina em 1961, ele ainda atuou rapidamente por dois
clubes antes de se aposentar com 43 anos. Primeiro o Platense, jogando apenas
duas partidas e depois no Rangers de Talca aonde jogou cinco jogos.
Depois
de se aposentar, ele virou treinador, comandando inclusive o River na década de
1970, chegando à final da Libertadores de 1976 e perdendo para o Cruzeiro. Ele
ainda treinou o Rosário Central, Racing e Talleres.
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