O mês
de fevereiro terá como desfecho um zagueiro que vem se destacando no futebol,
em especial na maior liga do mundo. Matija Nastasic, nascido em 28 de março de
1993, em Valjevo (antiga Iugoslávia e hoje a Sérvia), atuando atualmente pelo
Manchester City.
Com
apenas 19 anos, o garoto tem 1,87 de altura, canhoto e se destaca por sua
seriedade e velocidade nas recuperações de jogadas. Apesar de sua idade, já tem
alguma rodagem no futebol profissional. Revelado na base do Partizan Belgrado,
não teve oportunidades no time principal e acabou sendo emprestado para
Teleoptik, clube da segunda divisão do país. O jovem zagueiro fez 21 partidas e
mesmo na segunda divisão da Sérvia, chamou a atenção da Fiorentina.
A Viola
(como é conhecida a Fiorentina) o contratou por cerca de 2,5 milhões de euros e
a ideia inicial era para que o atleta treinasse com o time juvenil. Porém,
naquela temporada (2011/2012) o clube sofreu em seu setor defensivo com
constantes lesões e suspensões e o jogador passou a integrar o plantel
principal. Com isso, ele acabou jogando 25 jogos dos 38 do Campeonato Italiano
e o que seria apenas um “quebra galho” se tornou um jogador constante e
titular.
Suas
belas atuações lhe renderam uma grande valorização e foi comprado pelo
Manchester City nesta temporada por 15 milhões de euros. Este ano no Manchester
City o jovem zagueiro está se destacando, e tendo diversas oportunidades. Fez 16
partidas no Campeonato Inglês (das 27
disputadas até agora) e destas o clube só perdeu 2 jogos e empatando 1, tendo a
incrível façanha, mesmo que na Premier League, de ter apenas um único cartão
amarelo.
Na
seleção de seu país o jogador está começando a ter oportunidades, participando de
alguns amistosos e também das eliminatórias da Copa do Mundo de 2014. Este ano
a Sérvia fez apenas um amistoso contra o Chipre e o zagueiro participou dos 90
minutos de partida. Antes da principal, o jovem participou de quase todas as
categorias de base da seleção (sub17, sub19 e sub21) disputando competições
oficiais.
O
Raio-X de fevereiro vem confronta jogadores de uma posição que é muito
importante no futebol. Apesar de serem poucos valorizados, pois sua técnica e
habilidade se diferem dos outros setores, eles precisam ser bons, afinal um
time campeão começa com um bom camisa 1. Os goleiros não podem falhar, pois
depois deles quase sempre não há mais ninguém para impedir os gols. Dias de
heróis, dias de vilões, esse é o risco da profissão. Os dois goleiros são de
times cariocas e tem uma boa experiência na posição: Diego Cavalieri e
Jefferson.
Diego
Cavalieri tem 30 anos, nascido em 1 de dezembro de 1982 em São Paulo e atua
pelo Fluminense atualmente. Revelado
pelo Palmeiras, Diego aprendeu com um dos melhores, Marcos. Disputou o Mundial
sub17 em 1999 onde saiu campeão. Jogou algumas partidas substituindo o próprio
Marcos e teve um grande destaque despertando interesse de clubes europeus.
Certamente Diego Cavalieri era cotado com uma das melhores revelações do
futebol brasileiro para a posição. Em julho de 2008 foi comprado pelo Liverpool
por cerca de 10 milhões de reais, essa talvez tenha sido uma opção errada. Em
um ano e meio na Europa, Cavalieri não chegou a disputar nem se quer 10
partidas.
Além de amargar reserva no Liverpool, foi para o Cesena em agosto de
2010 (recém promovido para a Série A) onde também não conseguiu ir além de
reserva e já no fim do mesmo ano rescindiu contrato. Voltou ao Brasil pra
jogador no Fluminense, porém também demorou para ganhar a confiança da torcida
e do técnico, conquistando a titularidade definitiva apenas ano passado. No ano
passado foi destaque no Brasileiro, sendo pra mim o melhor jogador de todo
campeonato e o que em muitas vezes garantiu a vitória para o tricolor. Na
seleção foi convocado uma única vez, para o jogo adiado do Super Clássico das
Américas, no qual o Brasil perdeu no jogo normal, mas venceu nos pênaltis.
Jefferson de Oliveira Galvão,
nasceu em São Vicente em 2 de janeiro de 1983 e tem hoje 30 anos. Atua pelo
Botafogo, clube carioca. Jefferson teve um começo de carreira conturbado,
começando nas categorias de base do Cruzeiro, foi bastante questionado por
algumas atuações fracas e uma em especial na derrota por 4 a 3 para o Paysandu
na final da Copa dos Campeões de 2002. Emprestado ao Botafogo começou a ganhar
destaque e foi até convocado para a seleção sub20 do Brasil no Mundial de 2003.
Foi vendido para o Trabzonspor da Turquia, no qual ficou por três temporadas e
se transferiu para o também turco Konyaspor.
O goleiro retornou ao Botafogo
em 2009 e estreou próximo da data do fim do Campeonato Brasileiro. Neste curto período
de tempo, Jefferson se destacou bastante fazendo diversas defesas que
influenciaram diretamente nos resultados. Em 2010 o goleiro começou o ano como
titular e foi o principal responsável pela conquista do Campeonato Carioca
daquele ano, fazendo defesas milagrosas nas finais dos dois turnos (uma
inclusive de um pênalti batido por Adriano). Essas ótimas atuações fizeram com
que Jefferson fosse convocado para a seleção. Pela seleção Jefferson teve
destaque no Superclássico das Américas, onde garantiu o zero no placar em ambas
as partidas. Também foi convocado para a Copa América de 2011, porém não atuou.
São dois goleiros da mesma idade
e em termos de carreira acredito que Jefferson aproveitou melhor suas
oportunidades. Tecnicamente são ótimos goleiros e merecem destaque nacional
pelo seu trabalho. Atualmente as coisas mudam um pouco, afinal, desde o ano
passado o momento de Diego Cavalieri é “mágico”. O goleiro foi destaque do
Campeão Brasileiro ano passado e fechou o gol em diversas ocasiões, enquanto
Jefferson por muitas vezes deixou a desejar (muito por culpa do momento do
Botafogo e sua defesa a meu ver fraca). Este ano apesar de estarmos no começo,
vejo uma melhora em Jefferson e igualando as coisas.
A
segunda semana da Libertadores contamos com partidas da segunda rodada e
algumas remanescentes da primeira.
De virada:
No
México, o Toluca recebeu o tradicional Nacional e tudo indicava que teria mais
uma vitória quando fizeram da pressão uma vantagem e abriram o placar. Porém,
assim como o próprio Toluca fez na rodada passada, quando fora de casa virou
para cima do Boca Juniors, o Nacional começou a equilibrar a partida e em 10
minutos acabou por virar o jogo. Nesse tempo a rede balançou quatro vezes e o
placar se fez favorável aos uruguaios com o jogo terminando em 3 a 2. O cara da
partida foi Vicente Sanchez, veterano uruguaio que inclusive já jogou a muito
tempo atrás no Toluca.
Toluca – MEX 2 x 3 Nacional – URU
22’ Tejada
47’ Sánchez
52’ Benítez
55’ Sánchez
57’ Alonso
Estádio Nemesio Díez (Toluca de Lerdo)
Árbitro: Roldán (COL).
Assistentes:Navarro
(COL), Guzman (COL).
Quarto árbitro: Garcia Orozco (MEX).
Atropelou:
Sem
tomar conhecimento do adversário, o Velez se recuperou na competição e
atropelou o novato time chileno. Após a derrota para o Emelec na primeira
rodada, dentro de casa o Velez partiu para cima e sem dar muitos espaços para o
clube chileno. Em 10 minutos o Velez praticamente tomou controle total da
partida, abrindo o placar aos 25’ com Insúa e aos 35’ com o atacante
Rescaldani. Na etapa final o atacante chileno Puch fez gol contra em cobrança
de falta de Fernando Gago.
Velez Sarsfield 3 x 0 Deportes Iquique
25’ Insúa
35’ Rescaldani
69’ Puch (C)
Estádio José Amalfitani
Árbitro: Amarilla (PAR).
Assistente: Salvidar (PAR), Gaona (PAR).
Quarto Árbitro: Vigliano (ARG).
Tragédia:
Na
Bolívia, no jogo entre San José e Corinthians teve algo de mais destaque do que
futebol e infelizmente, uma coisa triste e grave. Um garoto de 14 anos,
torcedor do clube boliviano morreu ao ser atingido por um fogo de artificio. Ao
que indica as informações, a rajada partiu da torcida Corintiana. É um pouco
complicado fazer julgamentos, mas pelos relatos não se pode dizer que foi mera
fatalidade. Ao que indica houve imperícia por parte do torcedor e no mínimo
deveria ser qualificado como homicídio culposo (quando não a intenção de
matar). Tantas vezes criticados quando brasileiros jogam na Bolívia ou em outros
países, agora chegou a nossa vez. Pela nova regra da CONMEBOl, o Corinthians
pode ser até expulso, coisa que duvido, afinal a entidade nem se quer escreveu
uma única linha sobre o ocorrido, ignorando totalmente o fato.
Deixando
de lado esse ato lamentável, o jogo foi muito sofrido para o Corinthians,
alguns culpam a altitude, mas a diferença dos times isso não deveria interferir
tanto. Guerrero mostrou que está em boa fase e marcou logo no começo. Ao
contrário do centroavante, o atacante Emerson Sheik mostrou que está na hora de
ser sacado, perdeu um gol mais do que feito e não pode dar a vitória ao atual
campeão da competição. Será que já não está na hora de Tite colocar Pato de
titular?
San José 1
x 1 Corinthians
6’ Guerrero
61’ Saucedo
Estádio Jesus Bermudez
Árbitro: Vera (EQU)
Assistente: Lescano (EQU),Romero (EQU).
Quarto Árbitro: Vargas (BOL)
Volta por cima:
O jogo
da rodada ficou por conta do clássico brasileiro entre Fluminense e Grêmio. O Fluminense
vinha de uma vitória magra sobre o Caracas e o Grêmio de uma derrota dentro de casa
para o Huachipato. Ambos os resultados e por jogar em casa, fizeram o
Fluminense o grande favorito, porém, em campo a história foi totalmente
inversa. De uma partida digna para se esquecer para outra que merece um lugar
nas melhores partidas de um time atualmente, o Grêmio arrasou o Fluminense e
voltou à briga.
De
volta no meio de campo, Fernando foi um verdadeiro cão de guarda para o Grêmio,
não dando chances nenhuma para o setor de criação do Fluminense, que não teve
nenhum jogador inspirado no jogo. Fred ficou devendo e tinha hora que parecia
que nem em campo estava, o técnico Abel foi xingado de burro e por certo tempo
no fim da partida houve uma “racha” entre torcida e jogadores. O Grêmio somou
três pontos com belas atuações de Barcos, Vargas e Zé Roberto e embolou o grupo
que agora conta com os quatro clubes empatados em pontos.
Fluminense 0 x 3 Grêmio
33’
Bruno Vieira (C)
55’
André Santos
69’
Vargas
Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão)
Árbitro: Paulo César de Oliveira (BRA).
Assistente: Márcio Eustáquio Sousa Santiago (BRA), Fabricio
Vilarinho (BRA).
Quarto árbitro: Péricles Bassols.
Outras Informações:
Número de gols da semana: 30 gols.
Placar mais elástico: 3 a 0 (Grêmio e Fluminense, Olímpia e
Universidad do Chile, Velez Sarsfield e Deportes Iquique).
Placar mais comum: 3 a 0 e 1 a 1.
Artilheiro da semana: Sanchez (Nacional – URU), Peña
(Caracas).
Craque da rodada: Peña (Caracas).
Fique de olho:
O Peñarol tem um time sem nenhum grande jogador e nenhum
destes badalados, porém o conjunto e entrosamento fez o time ganhar duas
partidas nessas duas rodadas e jogando bem. O destaque destas duas partidas
para o time uruguaio foi o veterano Fábian Estoyanoff. Aos 30 anos, o atacante
está em sua quarta passagem pelo gigante Peñarol. Começou a carreira no modesto
Fênix do Uruguai e já teve passagem pelo futebol espanhol no Valência, Cádiz,
La Coruña e Real Valladolid, além do Panionios da Grécia. O jogador inclusive
já teve passagem pela seleção uruguaia no começo do século. Está longe de ser
um gênio, mas é muito bom atacante e vem jogando muito bem, podendo até ser
observado para ver se realmente manterá o nível e quem sabe para futura
contratação.
Esta é apenas uma ideia, nada oficial, que já venho pensando
a algum tempo. Certamente eu não sou o primeiro a pensar nisso e uso o nome de
Liga dos Campeões das Américas só para ficar mais fácil compreender. A ideia
principal é um torneio continental que juntasse a CONMEBOL e CONCACAF, mas no
que isso traria de vantagens? Muitas coisas!
Pra
inicio, o Brasil atualmente está se tornando cada vez mais forte
financeiramente em comparação com os outros clubes da América do Sul. Com as
recém transações envolvendo os jogadores Alexandre Pato, Ganso, Oscar e
Montillo fazer alguns torcedores acreditar que os clubes brasileiros logo
estarão no mesmo nível de grandes clubes europeus, coisa que eu discordo, pelo
simples fato do futebol brasileiro encontrar certas barreiras. Quais barreiras
seriam essas? Por mais que o futebol brasileiro cresça, as competições que
ainda tem mais visibilidade são as continentais, portanto, é preciso que a
América também cresça.
No que pode melhorar?
A CONMEBOL é uma verdadeira
várzea, sempre houve bagunça e má organização, sempre houve diversas brigas e
torcedores “sem controle” nas arquibancadas e os olhos dos “chefes“ sempre
estiveram fechados, com isso uma juntando-se com a CONCACAF pode-se surgir uma
organização maior, forçando a certas torcidas e jogadores a entrarem na linha.
Vemos problemas na Libertadores quando clubes vão jogar no México por exemplo?
Em termos econômicos e de
marketing também seria extremamente vantajoso. Os clubes mexicanos, por
exemplo, possuem situações financeiras muito parecidas com a do Brasil e sempre
costumam dar trabalho. Infelizmente para o futebol, eles nunca priorizam a
Libertadores, preferindo a Liga dos Campeões da CONCACAF e até o campeonato
nacional local. Os clubes americanos então, certamente com poderes econômicos
maiores até que os brasileiros, pagando fortunas para muitas estrelas da
história do futebol.
Em termos de marketing e expansão
de marca também é vantajoso, pois os clubes brasileiros estariam jogando nos
EUA (que é um grande mercado), além de ter jogos transmitidos para lá, e com o
tempo até em outros mercados, como a Europa, afinal uma competição desse nível
certamente seria impactante no mundo do futebol atual. Além de tudo, isso
proporcionaria premiações e patrocinadores maiores e não só para clubes
brasileiros.
Para os que pensam que a
logística seria ruim, se for feito um calendário adequado, como nas competições
europeias em que Liga dos Campeões e Liga Europa duram o ano todo, separando as
duas principais fases em semestres diferentes, um time teria que viajar no
máximo quatro vezes em um semestre, menos até que um time campeão da
Libertadores viaja hoje.
E como funcionaria?
Seria a
união dos participantes da Libertadores (Brasil, Argentina, Bolívia, Chile,
Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela) com os da Liga dos
Campeões da CONCACAF (EUA, México, Canadá, El Salvador, Costa Rica, Honduras,
Guatemala, Panamá, Nicarágua e Caribe). Existem muitos países com ligas fracas
de futebol, assim como também existem na Europa, por tanto o número de times
aumentaria e podendo ser feitos fases preliminares (antes mesmo do que a
conhecida como “pré Libertadores”).
Minha
ideia é uma competição com 56 clubes participando. Obviamente países como
Brasil, Argentina e México teriam direito a mais vagas, e depois as vagas iriam
diminuindo de acordo com o nível de expressão do futebol do países. Poderia ser
organizado um ranking e ligas para essa divisão assim como ocorre na Europa. Haveria
24 clubes classificados diretamente e os outros 32 participariam de fases
preliminares. Seriam três fases anteriores à fase de grupos, assim como é feito
na Liga dos Campeões. A cada fase, haveria 8 vencedores que se juntariam ao
novo grupo, até dos 32 times restarem 8, que entrariam cada um em um grupo
diferente.
O que
acham da ideia? O que pode ser mudado ou acrescentado? É só um pensamento, mas
que acho que beneficiaria muito o futebol americano.