Vale
lembrar que depois do fracasso de 2010 (seleção que estava mais preparada), o
técnico Dunga foi duramente criticado e sua maneira de dirigir foi questionada.
A grande critica era que deveríamos parar de querer jogar como Europeus e deveríamos
voltar a jogar como Brasileiros, futebol arte, “alegria e ousadia” e claro,
cansaram de enfatizar a não convocação dos meninos Ganso e Neymar. Hoje, todos
pegam a Alemanha como exemplo, um time tático e Europeu. Irônico não é mesmo?
A
verdade que estamos rodando em círculos e achamos que o Penta nos faz a seleção
mais poderosa do mundo e isso basta. Errado! Essa arrogância só tem nos
atrapalhado e a própria Alemanha “encostou” alcançando o seu Tetra. Vale resaltar
que o desempenho dos alemães em Copas do Mundo é mais regular que o brasileiro
e mesmo não vencendo alcança posições e futebol que os colocam no caminho
certo. Você acredita que a seleção de 2010 para 2014 teve evolução? Os
jogadores que temos hoje são melhores que os de 2010 de modo geral (não todos),
o fato de jogar em casa, tudo isso deveria contribuir para ao menos sair de pé,
e não foi assim.
Não
faltou talento para a seleção brasileira, faltou humildade, dedicação e
trabalho! Foram poucos treinos e muitas fotos em Instagram. A saída de Felipão
já ajudou bastante, não pelo fato da derrota no Mundial, mas sim por não
reconhecer o fracasso e não ter a humildade de perceber o óbvio: que mudanças
precisam ser feitas.
Do que
o Brasil precisa para voltar a ser uma seleção regular? Um treinador que saiba
aproveitar tanto o talento individual como o coletivo da equipe. Hoje só na
habilidade você não consegue vencer todos os jogos, ainda mais se você jogar
contra uma seleção com talento semelhante ou até superior como foi à Alemanha. O
grande problema é você encontrar um treinador brasileiro hoje capaz disso.
Outras
mudanças precisam ser feitas. Na cúpula da CBF que está mais preocupada com o
dinheiro e seus patrocinadores, mas como fazer isso em uma instituição tão
corrupta? Na mídia, que faz de um jogador bom ser o “novo Pelé”, “novo
Garrincha”, “novo Romário” e que querem transformar o futebol brasileiro numa
Espanha com apenas dois times. Nas leis, como a tal Lei Pelé que tem favorecido
cada vez mais empresários e jogadores meia boca ganhando uma fortuna. Essa
reformulação é longa, e não será exatamente para 2018, quem sabe 2022, mas como
no Brasil tudo é mais devagar, a esperança mesmo é em 2030 no centenário das
Copas.
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