quarta-feira, 23 de julho de 2014

"Pôxeto" Série B?

               
               Estamos na 11ª rodada do Brasileiro e o Flamengo é sério candidato ao rebaixamento. Os otimistas podem usar o exemplo do São Paulo no ano passado, que ficou mais de um turno na zona da degola, foi dado como rebaixado e se salvou, bem até se compararmos com a situação em que se encontrou no Campeonato. Entretanto, não podemos nos esquecer dos outros grandes que caíram e que não conseguiram dar a volta por cima.
                Vamos usar primeiramente o próprio São Paulo do ano passado como exemplo. Nessa altura do Campeonato o Tricolor Paulista estava com 12 pontos, cinco a mais que o Flamengo hoje e fora da zona do rebaixamento, já o carioca está na lanterna da competição. Não podemos esquecer que na próxima rodada se conseguir a vitória sobre o rival Botafogo e tiver resultados favoráveis de seus concorrentes diretos (bem provável que aconteça devido aos confrontos da rodada) o Flamengo estará fora do Z4. O que não poderá acontecer é uma súbita euforia achando que as coisas mudaram, pois muitos times saem em uma rodada, mas acabam sendo rebaixados.
                Ainda pensando no ano passado, o desempenho do Flamengo até aqui é pior que o do Náutico e hoje o clube não tem o que o São Paulo tinha para sair do buraco. O problema do Tricolor era muito o psicológico e falta de rendimento de alguns atletas que você sabe que poderiam render mais, como Ganso e Luis Fabiano. Agora o Flamengo tem alguém assim? Hernane e Paulinho que foram dois dos principais destaques do ano passado juntamente com Elias (que foi para o Corinthians), não estão bem este ano. Hernane está machucado, mas mesmo antes estava longe de seu melhor rendimento. A questão que fica é: Ano passado foi a fase boa ou agora é a fase ruim? Ou seja, eram jogadores abaixo da média em fases excelentes ou são jogadores acima da média e que podem fazer a diferença e estão em fase ruim? A dúvida paira devido ao pequeno histórico destes atletas.
                Outra coisa que pesou foi certamente a vinda de Muricy. Um técnico que é São Paulino e que já venceu muito pelo clube, tanto como jogador quanto treinador. Consagrado e respeitado e nitidamente conseguiu aumentar o rendimento dos atletas na base do “trabalho”. O Flamengo tem alguém assim? O escolhido após a queda de Ney Franco foi Luxemburgo e pelas declarações de Ximenez de que o técnico é um flamenguista assumido. O dirigente também usou o argumento do histórico de Luxa, coisa que realmente é história. O técnico a um bom tempo não vem tendo bons trabalhos e costuma dar “prejuízos” financeiramente. Pelo Flamengo o título que ganhou foi apenas um Carioca (em 2011) e pelo seu atual momento, não é o melhor recomendado para mexer com o brio dos jogadores.

                Ainda temos muito campeonato pela frente e acredito que nesta próxima rodada o Flamengo até saia da zona do rebaixamento, mas a briga contra a degola está longe de acabar e provavelmente o Flamenguista irá sofrer como nunca sofreu em suas crises.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Paredões 2014!

               
              Finalmente estamos de volta com o Campeonato Brasileiro após uma boa Copa do Mundo apesar do desastre que a Seleção Brasileira proporcionou. E como é de praxe, mostramos alguns dados das equipes que disputam a Série A no ano. Antes da Copa, mostramos como estavam os ataques até o término da nona rodada do Brasileirão. Dessa vez, após a Copa, trazemos dados sobre as defesas dos clubes no ano.
                Começando, podemos destacar dois “novos paredões” que melhoraram bastante seu desempenho com o inicio do Campeonato Brasileiro. O Fluminense ocupava a 18ª posição, tendo uma das piores defesas dos 20 clubes de Série A. eram 18 jogos e 21 gols sofridos, com uma média de 1,17 tentos levados por partida, mas agora sofrendo apenas 8 gols em 9 partidas do Brasileiro e com os jogos da Copa do Brasil, o tricolor carioca subiu para a 11ª posição, tendo uma média de 1 gol sofrido por partida.
                Outro que subiu consideravelmente o seu desempenho defensivo foi o Corinthians. No inicio do ano a zaga de Mano Menezes era extremamente contestada devido ao número de gols sofridos, principalmente se levarmos em consideração que a do ano passado era a melhor do país. Eles ocupavam a penúltima posição sofrendo 19 gols em 16 jogos, agora estão na 9ª posição (subindo 10) e sofrendo apenas 5 gols no Campeonato Brasileiro, sendo a melhor defesa da competição juntamente com a do Santos e a do Grêmio.
                Quem não deve estar contente com o desempenho defensivo são os torcedores do São Paulo. A defesa que já não convencia e tinha uma média de 0,88 gols sofridos por jogo até o fim de Março (contando apenas Paulista e a fase “fácil” da Copa do Brasil), agora tem uma média de 1 gol sofrido por jogo e nessa janela as coisas não mudaram muito em termos de contratações para o setor, tendo em vista que apenas Rafael Toloi retornou de seu empréstimo.

Confira os dados abaixo na tabela:


Ø  TIMES
JOGOS
GOLS
Ø  MÉDIA
Goiás
29
19
0,65
Cruzeiro
34
25
0,73
Internacional
31
23
0,74
Sport
35
26
0,74
Grêmio
36
27
0,75
Atlético MG
32
26
0,81
Palmeiras
30
26
0,87
Santos
31
27
0,87
Corinthians
26
24
0,92
Chapecoense
30
29
0,97
Fluminense
29
29
1
São Paulo
29
29
1
Bahia
30
31
1,03
Coritiba
27
28
1,04
Criciúma
26
27
1,04
Figueirense
29
32
1,10
Botafogo
32
37
1,16
Flamengo
34
42
1,23
Vitória
31
40
1,29
Atlético PR
32
43
1,34

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Andando em círculos!

                
                Mais um fracasso em Copas do Mundo e o velho discurso clichê de quem não sabe o que houve ou não sabe como prosseguir volta à tona: Reformulação. Só pode existir um campeão em uma Copa do Mundo, então além da Alemanha que foi vencedora dessa vez as outras 31 seleções precisam mudar completamente o que fizeram? Não né? Então porque sempre que se fala em reformulação aqui no Brasil significa mudanças drásticas? Certamente desta vez foi diferente, afinal o Brasil foi eliminado vergonhosamente. Uma vergonha que vai durar muito mais que a final de 50, mas precisamos tirar lições valiosas dessa derrota e encaminhar o futuro do futebol brasileiro de uma vez por todas para frente e não ficar dando voltas em circulo.
                Vale lembrar que depois do fracasso de 2010 (seleção que estava mais preparada), o técnico Dunga foi duramente criticado e sua maneira de dirigir foi questionada. A grande critica era que deveríamos parar de querer jogar como Europeus e deveríamos voltar a jogar como Brasileiros, futebol arte, “alegria e ousadia” e claro, cansaram de enfatizar a não convocação dos meninos Ganso e Neymar. Hoje, todos pegam a Alemanha como exemplo, um time tático e Europeu. Irônico não é mesmo?
                A verdade que estamos rodando em círculos e achamos que o Penta nos faz a seleção mais poderosa do mundo e isso basta. Errado! Essa arrogância só tem nos atrapalhado e a própria Alemanha “encostou” alcançando o seu Tetra. Vale resaltar que o desempenho dos alemães em Copas do Mundo é mais regular que o brasileiro e mesmo não vencendo alcança posições e futebol que os colocam no caminho certo. Você acredita que a seleção de 2010 para 2014 teve evolução? Os jogadores que temos hoje são melhores que os de 2010 de modo geral (não todos), o fato de jogar em casa, tudo isso deveria contribuir para ao menos sair de pé, e não foi assim.
                Não faltou talento para a seleção brasileira, faltou humildade, dedicação e trabalho! Foram poucos treinos e muitas fotos em Instagram. A saída de Felipão já ajudou bastante, não pelo fato da derrota no Mundial, mas sim por não reconhecer o fracasso e não ter a humildade de perceber o óbvio: que mudanças precisam ser feitas.
                Do que o Brasil precisa para voltar a ser uma seleção regular? Um treinador que saiba aproveitar tanto o talento individual como o coletivo da equipe. Hoje só na habilidade você não consegue vencer todos os jogos, ainda mais se você jogar contra uma seleção com talento semelhante ou até superior como foi à Alemanha. O grande problema é você encontrar um treinador brasileiro hoje capaz disso.

                Outras mudanças precisam ser feitas. Na cúpula da CBF que está mais preocupada com o dinheiro e seus patrocinadores, mas como fazer isso em uma instituição tão corrupta? Na mídia, que faz de um jogador bom ser o “novo Pelé”, “novo Garrincha”, “novo Romário” e que querem transformar o futebol brasileiro numa Espanha com apenas dois times. Nas leis, como a tal Lei Pelé que tem favorecido cada vez mais empresários e jogadores meia boca ganhando uma fortuna. Essa reformulação é longa, e não será exatamente para 2018, quem sabe 2022, mas como no Brasil tudo é mais devagar, a esperança mesmo é em 2030 no centenário das Copas.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Copa do Mundo: Maiores Goleadas!

                
A derrota da Seleção Brasileira para a Alemanha tenha sido talvez a “maior vergonha” da história das Copas. Por muito pouco ela também não entrou no seletivo Top10 das goleadas em Copas, ficando na 11ª posição. Entretanto, considerando duas seleções campeãs do mundo, está foi a maior goleada da história. Confira abaixo as 10 maiores goleadas em Copas do Mundo.

     1-   Hungria 10 x 1 El Salvador (1982)
2-      Iugoslávia 9 x 0 Zaire (1974)
3-      Hungria 9 x 0 Coreia do Sul (1954)
4-      Alemanha 8 x 0 Arábia Saudita (2006)
5-      Uruguai 8 x 0 Bolívia (1950)
6-      Suécia 8 x 0 Cuba (1938)
7-      Portugal 7 x 0 Coreia do Norte (2010)
8-      Polônia 7 x 0 Haiti (1974)
9-      Turquia 7 x 0 Coréia do Sul (1954)
10-   Uruguai 7 x 0 Escócia (1974)



terça-feira, 8 de julho de 2014

Copa do Mundo: Jogadores mais jovens!

James Rodriguez foi o segundo jogador mais jovem a marcar seis gols em uma edição de Copa do Mundo, o outro é claro foi Pelé. Em se tratando ainda de jogadores jovens, você sabe quais são os jogadores mais jovens que disputaram uma Copa do Mundo? Confira a lista abaixo:


Jogador
Seleção
Edição
Data
Primeira Partida
Idade
Norman Whiteside
Irlanda do Norte
1982
17/06/1982
Iugoslávia 0 x 0 Irlanda N.
17a01m10d
Samuel Etoo
Camarões
1998
17/06/1998
Itália 3 x Camarões
17a03m07d
Femi Opabunmi
Nigéria
2002
12/06/2002
Nigéria 0 x 0 Inglaterra
17a03m09d
Salomon Olembe
Camarões
1998
11/06/1998
Camarões 1 x 1 Áustria
17a06m03d
Pelé
Brasil
1958
15/06/1958
Brasil 2 x 0 União Soviética
17a07m23d
Bartholomew Ogbeche
Nigéria
2002
02/06/2002
Argentina 1 x 0 Nigéria
17a08m01d
Rigobert Song
Camarões
1994
19/06/1994
Camarões 2 x Suécia
17a11m18d
Carvalho Leite
Brasil
1930
20/07/1930
Brasil 4 x 0 Bolívia
18a00m25d
Manuel Rosas
México
1930
13/07/1930
França 4 x 1 México
18a02m26d
Cristian Eriksen
Dinamarca
2010
14/06/2010
Holanda 2 x 0 Dinamarca
18a04m00d

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Paixão de Torcedor - Cristina Escote

Sim, eu nasci Corinthiana. Desde que me lembro, sou Corinthiana. Desde a época em que eu nem sabia direito o que era futebol, eu já era Corinthiana.  Costumo dizer que, de um jeito muito certeiro, o Corinthians me escolheu.
Por ser menina, quando era criança não ganhei roupinhas de times, nem fui levada a estádios, nem sequer fui cobrada de torcer pra um time ou pra outro. Fui descobrindo a paixão por futebol sozinha, por mim mesma, com uma pequena influência do meu falecido avô que me proporcionou o maior exemplo de corinthianismo na vida. Foi ainda na infância que fui descobrindo que o esporte consegue mexer com as emoções de uma forma que muitas vezes não poderá ser explicada. Foi ainda na infância que reconheci Marcelinho Carioca como meu primeiro ídolo, mesmo sem saber direito como reconhecer um ídolo. Foi ainda na infância que eu percebi que não importaria quantas camisas de outros clubes colocariam em mim, meu coração só batia mais forte por uma camisa, por um escudo, por um grito. Quando me dei conta, já havia construído um sentimento inexplicável e incontrolável pelo futebol e, acima de tudo, pelo Corinthians!  
Assisti ao primeiro jogo do Corinthians na minha vida, no meio da torcida adversária (estou viva, amém), e depois passei muitos anos assistindo na arquibancada de visitante. E aí, depois de muito tempo sonhando, eu fui! Enfrentei as seis horas de viagem, que pareciam 30 de tanta ansiedade. Quando coloquei o pé no Pacaembu pela primeira vez, caramba, parecia que naquele momento eu estava sentindo a vibração de todos os jogos que não fui, de todas as conquistas que não estive presente e até do apoio inabalável da torcida nos momentos de dificuldade. Diga-se de passagem, eu acho que todos os Corinthianos deveriam assistir jogo do Timão no Pacaembu pelo menos uma vez na vida, independente de Arena, independente de resultado. O Pacaembu é mágico!  O primeiro jogo é sempre inesquecível, mas a vantagem de ser Corinthians é que cada partida é uma final, cada jogo tem um significado e não importa o adversário, ou a situação, TODOS os jogos que fui me proporcionaram sentimentos, sensações e lembranças diferentes.
O mundo está cheio de gente dizendo que não ganho nada com futebol, que viajar pra ver jogo é coisa de desocupado, ou até mesmo dizendo que isso não é coisa para garotas, enquanto isso, eu coleciono momentos únicos, coleciono pessoas maravilhosas que conheci graças ao futebol, coleciono tristezas que me ensinaram muito, coleciono sorrisos e alegrias que nenhuma outra coisa na vida conseguiu me proporcionar.  Ou seja, eu ganho com futebol SIM, mais do que todas essas pessoas são capazes de imaginar!
E o Corinthians, bem, não dá nem pra argumentar.  Ou você nasce Corinthiano, ou você nunca vai entender de fato o que isso representa.  Escolher o Corinthians é abraçar sua história, seus objetivos, abraçar a luta de seus fundadores. Escolher o Corinthians é SER Corinthians muito além dos estádios, é ser Corinthians com seus amigos, com sua família, com o desconhecido na rua. Ser Corinthians é nunca desistir e sempre acreditar, por mais difícil que pareça. É ser dono de um amor maior do que o coração pode guardar e, mesmo assim, ver que ele nunca vai parar de aumentar.  Ser Corinthians é algo que só quem é, sabe o que é!